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Concurso para transportes de Lisboa com sete propostas

O concurso no valor de 1,2 mil milhões de euros lançado em fevereiro pela Área Metropolitana de Lisboa para a prestação do serviço de transporte rodoviário de passageiros recebeu, para os quatro lotes, sete propostas.

carris portugueses virus transportes
carris portugueses virus transportes António Pedro Santos
02 de Setembro de 2020 às 15:39

O concurso lançado pela Área Metropolitana de Lisboa (AML) em fevereiro para a aquisição do serviço público de transporte rodoviário de passageiros recebeu sete propostas, no total, para os quatro lotes, dois na margem Norte e dois na Península de Setúbal, anunciou aquela entidade, sem adiantar as identidades dos concorrentes.

A data de entrega de propostas terminou esta terça-feira, salienta a AML em comunicado que o júri irá agora verificar a conformidade das candidaturas com as exigências do concurso, e demais obrigações legais, e apurar o vencedor de cada um dos lotes.

O concurso, no valor de 1,2 mil milhões de euros, foi lançado em fevereiro último, destinando-se ao serviço de transporte rodoviário de passageiros na área metropolitana  (excluindo os serviços de âmbito municipal do Barreiro, Cascais e Lisboa).

Foram definidos quatro lotes, para uma rede que, no seu conjunto, passará a fazer 88,46 milhões de veículo/quilómetro/ano, o que corresponde a um aumento de cerca de 40% dos serviços de transporte rodoviário, face ao que existia antes da situação pandémica.

"A apresentação das propostas encerra, deste modo, uma etapa fundamental no processo, que a AML conduz, com vista ao reforço do serviço de transporte de passageiros e à sua qualificação, desde logo, com uma significativa renovação da frota e níveis superiores de serviços tecnológicos de informação ao público e entretenimento a bordo", frisa aquela entidade no mesmo comunicado.

O concurso foi avaliado em 1,2 mil milhões de euros nos sete anos dos contratos, tendo sido dividido em quatro lotes e não podendo nenhum concorrente ganhar mais do que 50% do serviço que será adjudicado. O que significa que só pode vencer mais do que um lote se um deles for o lote 4, de menor dimensão. O fator preço pesa 85% na escolha do vencedor, enquanto o critério da frota valerá 15%.

Segundo as regras anunciadas em fevereiro, para a frota é exigido que no arranque da operação não possa haver autocarros com mais de 16 anos, sendo a idade média exigida de oito anos. Já no quinto ano do contrato não serão admitidos veículos com mais de 12 anos, tendo a idade média de ser de 6 anos.

Este concurso para a prestação do serviço público de transporte rodoviário de passageiros na AML, que vai substituir as concessões existentes, é o maior do país, triplicando mesmo o segundo maior, tendo os novos operadores de cumprir um conjunto de exigências em termos de acessibilidades a pessoas com mobilidade reduzida e a cadeiras de rodas, assim como de serviço, desde informação a bordo, climatização ou wi fi, entre outros. Ao adjudicatário será ainda permitido a exploração de serviços ocasionais.

Na nota divulgada esta quarta-feira, a AML lembra ainda que este concurso decorre a par com a redução significativa do preço dos transportes implementada em 2019 com o novo sistema tarifário Navegante, e com a implementação de uma plataforma tecnológica de serviços e sistemas inteligentes de transportes, numa estratégia que, no seu conjunto, deverá promover a qualidade de vida na área metropolitana de Lisboa e uma alteração da repartição modal a favor dos transportes públicos e da mobilidade sustentável.

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