Constrangimentos no Porto de Leixões devem ficar resolvidos esta sexta, diz Governo
Regiões autónomas alertaram para possível rutura nas cadeias de abastecimento se a paralisação no Porto de Leixões se prolongasse.
O Governo da República garantiu ao executivo madeirense que a situação do Porto de Leixões, que afeta o abastecimento das regiões autónomas, deverá ficar resolvida até ao final da manhã desta sexta-feira.
Na quinta-feira, o Governo Regional da Madeira (PSD/CDS-PP) pediu ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, para que seja encontrada uma solução urgente para desbloquear o despacho e a entrada de carga nos navios no porto de Leixões, alertando que pode estar em causa uma rutura na cadeia de abastecimento.
Entretanto, na quinta-feira à noite, a Secretaria Regional da Economia da Madeira emitiu um comunicado, adiantando que os ministros das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, asseguraram a resolução da situação até hoje de manhã.
"Nas conversações que José Manuel Rodrigues [secretário regional da Economia] teve esta tarde com os dois governantes ficou vincado que o Governo da República está a desenvolver todos os esforços para que a Madeira e os Açores não fiquem prejudicados pelos condicionalismos que ocorrem no porto de Leixões, devido à introdução de um novo sistema informático que está a atrasar o despacho e a entrada de contentores", lê-se na nota.
Na mensagem enviada na quinta-feira a Luís Montenegro, o governo madeirense alertou para o impacto negativo da entrada em vigor do novo sistema informático que está a bloquear o desalfandegamento de mercadorias, salientando que, se a situação não ficar resolvida até hoje de manhã, "haverá problemas graves no transporte de mercadorias para a Madeira e para os Açores".
De recordar que a Associação dos Transitários de Portugal (APAT) alertou esta terça-feira para um "caos logístico" no porto de Leixões devido a um novo sistema aduaneiro, tendo a concessionária Yilport interrompido receções de contentores para exportação e os despachantes pedido medidas transitórias.
De acordo com um comunicado da APAT enviado à Lusa, "de momento, o Porto de Leixões não pode receber contentores para embarque, uma vez que a capacidade disponível se encontra lotada devido à quantidade de contentores – em espera – no terminal".
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