A secretária de Estado da Mobilidade, Cristina Pinto Dias, revelou esta sexta-feira no Parlamento que as obras de prolongamento da linha vermelha do Metropolitano de Lisboa entre São Sebastião e Alcântara terão início no próximo mês de dezembro. A governante adiantou também que nesse mês será também consignada a obra do metro de superfície entre Loures e Odivelas, conhecida como linha violeta.

O concurso para o prolongamento da linha vermelha foi ganho em 2023 pelo consórcio da Mota-Engil por um preço contratual de cerca de 321,9 milhões de euros.

O contrato acabou por receber visto prévio do Tribunal de Contas em março de 2024, mas teve ainda de aguardar pela decisão do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa na sequência de uma ação interposta por um dos concorrentes no concurso (FCC Construcción, Contratas Y Ventas e Alberto Couto Alves).

Em outubro do ano passado, a secretária de Estado da Mobilidade explicou no Parlamento que a obra ainda não tinha avançado para o terreno por faltar o Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (RECAPE) e a autorização da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

Já para a linha violeta, o concurso foi relançado este ano depois do primeiro procedimento ter ficado deserto.  O consórcio da Mota-Engil, Zagope e Spie Batignolles entregou a proposta com o preço mais baixo, de cerca de 598,9 milhões de euros, encaixando no preço base do concurso que era de 600 milhões de euros.

Este concurso público destina-se à contratação da conceção e construção da infraestrutura do sistema de metro ligeiro e do reordenamento urbano envolvente, assim como à elaboração de todos os estudos para efeitos da instrução dos processos de expropriação por utilidade pública, o fornecimento de 12 veículos tipo “light rail vehicle”, e, ainda, a prestação de serviços de manutenção, quer da infraestrutura ferroviária, quer dos veículos pelo prazo de três anos.