IP aumenta lucros para 115,7 milhões até setembro
Face ao que a empresa pública tinha previsto em orçamento até setembro, as indemnizações compensatórias registaram uma redução de 72 milhões de euros e a receita com portagens de concessões do Estado de quase 264 milhões.
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A Infraestruturas de Portugal (IP) obteve nos primeiros nove meses deste ano lucros de 115,7 milhões de euros, o que representa um aumento de 30% face aos 88,8 milhões apurados no mesmo período de 2024, assim como um acréscimo de 28% comparativamente com os 90,3 milhões que tinha previsto no Plano de Atividades e Orçamento (PAO).
No relatório de execução orçamental do terceiro trimestre, a IP salienta que os rendimentos operacionais ascenderam a 1.090,8 milhões de euros e os gastos operacionais a 860,7 milhões, ficando ambos aquém do estimado no PAO em 365,9 milhões de euros e 393,6 milhões de euros, respetivamente.
As principais variações nos rendimentos, com impacto direto no resultado, salienta, “dizem respeito às indemnizações compensatórias, que registaram uma redução de 72,2 milhões de euros face ao previsto no PAO, resultado do aumento do montante atribuído em subsídios para conservação ferroviária, incluídos em outras prestações de serviços justificado, por um lado, pelo aumento da despesa com a atividade de gestão da infraestrutura ferroviária e, por outro, o nível insuficiente de indemnizações compensatórias contratualizadas, bem como a receita com portagens de concessões do Estado em menos 263,8 milhões de euros face ao previsto no PAO".
De acordo com o documento, as vendas e serviços prestados somaram 932,1 milhões de euros até setembro, acima do registado no mesmo período de 2024, mas 27% abaixo dos 1.273 milhões orçamentados para o período em análise.
Já as indemnizações compensatórias ficaram-se pelos 32,5 milhões, 69% menos do que os 104,7 milhões que a empresa previa.
A IP refere ainda que, “sem impacto no resultado do exercício, registaram-se variações nos créditos de contratos de construção própria (menos 88 milhões de euros) e no concedente Estado (12,2 milhões de euros)”, efeitos que “foram compensados ao nível dos custos com mercadorias vendidas e matérias consumidas, fornecimentos e serviços externos, bem como outros gastos operacionais”.
Neste âmbito, a empresa refere uma redução dos gastos do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas em 295,2 milhões de euros, a variação negativa de 37,7 milhões de euros na rubrica de conservação, reparação e segurança da rede rodoviária e a diminuição de 6,2 milhões de euros nos gastos com pessoal”.
Relativamente ao investimento, a IP refere que a execução no terceiro trimestre ascendeu a 405,6 milhões de euros, o que representa uma taxa de 59% do previsto no PAO. Deste valor, 272,2 milhões de euros correspondem a investimento ferroviário, do qual 129,1 milhões de euros nas obras do plano Ferrovia 2020, enquanto na rodovia a empresa executou 126,6 milhões de euros, designadamente obras previstas no Plano de Recuperação e Resiliência, em que a execução ascendeu aos 107,3 milhões.
Os encargos com as concessões e subconcessões rodoviárias, até setembro, atingiram 701,5 milhões de euros, 6,5 milhões abaixo do previsto no PAO.
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