Ministério das Infraestruturas diz que vários portos "podem ter uso civil e militar”
Hugo Espírito Santo considera que alguns dos investimentos previstos no plano Portos 5+ podem vir a ser contabilizados como despesa em defesa, mas diz que tema está ainda em discussão com a União Europeia e o Ministério da Defesa.
O secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, afirmou esta quarta-feira, à margem da apresentação da estratégia para os portos comerciais do continente 2025-2035, que “entendemos que um conjunto vasto destes portos são infraestruturas dual use", civil e militar, admitindo que alguns dos investimentos agora previstos para os próximos 10 anos possam ser contabilizados como despesa na área da defesa.
O governante, que salientou que “tem havido algum movimento militar em portos nacionais recentemente”, explicou, no entanto, que está neste momento a ter lugar “um processo de discussão com a União Europeia sobre fundos de mobilidade militar”, para assegurar que “não há neste momento nenhuma definição de onde vão ser aplicados investimentos nem nenhuma discussão sobre aquilo que são os hotspots militares neste momento”.
“De facto, entendemos que há essa oportunidade. Agora, o valor, o porto, a infraestrutura que vai ter esse fim não está ainda definido porque há ainda uma discussão que estamos a ter com a União Europeia e com o Ministério da Defesa, que é quem tem de definir estas infraestruturas dual use”.
“Do ponto de vista do Ministério das Infraestruturas achamos que faz sentido. Mas temos de ter este debate”, concluiu.
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