Açores lideram crescimento na ocupação hoteleira
Os Açores foram a região que mais cresceu em termos de ocupação hoteleira nos primeiros quatro meses do ano. Entre Janeiro e Abril, os hotéis do arquipélago registaram taxas de ocupação de 40%, o que representa uma subida homóloga superior a oito pontos percentuais.
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A justificar o cenário está a liberalização do espaço aéreo açoriano, com a entrada das companhias "lowcost" no final de Março. Em Abril, a taxa de ocupação foi já de 58%, com um preço médio a rondar os 55 euros. O Revpar (receita por quarto disponível) continua, contudo, abaixo da média nacional.
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É o caso de destaque numa hotelaria portuguesa onde todos os indicadores cresceram "a um bom ritmo" no primeiro quadrimestre de 2015. No país, a taxa de ocupação foi de 52%. Em média, cada quarto custou quase 64 euros e gerou receitas de 33 euros entre Janeiro e Abril.
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Neste período, Madeira (71%), Lisboa (66%) e Grande Porto (55%) lideram as taxas de ocupação. Considerando só o mês de Abril, a capital ganha a liderança (82%), praticando um preço médio próximo dos 89 euros.
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A única "preocupação" para a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) é mesmo a estada média, que se mantém abaixo dos dois dias (1,87 dias), acentuada pelas assimetrias regionais que se mantêm no país.
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Apesar disso, os hoteleiros ouvidos pela AHP estão confiantes quanto ao desempenho neste Verão (para o período entre 1 de Julho e 30 de Setembro). Uma taxa de ocupação acima dos 80% é esperada por 58% dos inquiridos. No ano passado, eram apenas 37% a acreditar neste cenário.
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Norte, Açores e Alentejo são as regiões mais optimistas. Por sua vez, apenas o Alentejo espera manter os níveis registados no Verão passado. O maior contributo deverá vir dos mercados português, espanhol, francês, britânico e alemão.
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Nem o ligeiro abrandamento da actividade turística em Abril serve para desmotivar o sector. Uma vez que este ano a Páscoa teve mais impacto em Março, "trata-se de um mero efeito de calendário", explica a presidente executiva da AHP, Cristina Siza Vieira. "O primeiro trimestre está a aproximar-se dos máximos históricos de 2007 e 2008 [níveis pré-crise]", recorda.
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Já os efeitos dos 10 dias de greve na TAP, entre 1 e 10 de Maio, não tiveram um impacto tão grande como o sector esperava, devido aos serviços mínimos e à garantia de realização de 70% dos voos. "Tudo junto e combinado, o efeito na hotelaria não foi tão relevante", aponta Cristina Siza Vieira, que acredita num "bom mês de Maio".
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Entre Janeiro e Abril, Portugal registou 4,2 milhões de turistas, o que representa um crescimento homólogo de 8,6%. Nas dormidas em Portugal, os estrangeiros representam 51% da procura.
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Retrato do sector hoteleiro
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No final de 2014, existiam 1.267 unidades hoteleiras em Portugal. Em 2015, já abriram outros 18 hotéis e uma pousada.
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Já os dados recolhidos até 16 de Junho, revelam a existência de 15.433 unidades de alojamento local, com destaque para o Algarve. Os hostels representam 1% do total.
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