Bloco central chumba suspensão do PDM de Grândola. Via verde para empreendimentos em Melides e Carvalhal
Na quinta-feira passada, o o executivo da Câmara de Grândola, distrito de Setúbal, tinha aprovado a suspensão do Plano Diretor Municipal (PDM) para impedir a especulação imobiliária e a aprovação de novos empreendimentos nas freguesias de Melides e Carvalhal.
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Mas eis que no dia seguinte - esta sexta-feira, 18 de fevereiro, em Assembleia Municipal, PS e PSD optaram por votar contra a suspensão do PDM, chumbando uma medida que tinha também sido já aprovada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo.
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Um chumbo que foi fortemente criticado pela presidência da autarquia liderada por António Figueira Mendes (CDU).
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"O executivo da Câmara Municipal de Grândola lamenta que o PS e PSD tenham chumbado, em Assembleia Municipal, realizada ontem, a suspensão imediata do PDM, que iria permitir repensar de forma integrada o desenvolvimento sustentável do nosso concelho e garantir mais bem-estar à nossa população", começa por referir a autarquia, em comunicado.
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Garantindo que "rejeita a construção desenfreada e um crescimento sem regras que prejudique Grândola, as suas populações, o ambiente e a economia", considera que "os votos contra do PS e do PSD mantêm Grândola sujeita a estratégias imobiliárias especulativas, colocando em causa a desejada sustentabilidade e a promoção de um concelho mais coeso e inclusivo".
Para a autarquia presidida por Mendes, a proposta de suspensão do PDM "iria contribuir, a par com o estudo que o município está a realizar - Estratégia Integrada de Desenvolvimento Sustentável EIDS 2030 Grândola - para a criação de um novo ciclo de crescimento que respeite a população, a natureza, a paisagem de Grândola e que previna os riscos das alterações climáticas".
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De resto, remata, "o executivo camarário vai manter e aprofundar uma reflexão com as populações e os diversos setores da sociedade sobre o desenvolvimento económico sustentável que todos desejam para a nossa terra".
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Na quinta-feira, em declarações à Lusa, o autarca tinha rejeitado que o número máximo de camas turísticas tenha sido "excedido", assinalando que podem ainda ser aprovadas "mais de quatro mil".
"Não é verdade que tenha excedido, o que queremos é pôr termo à especulação imobiliária que está a acontecer e essa foi a razão por que mandámos fazer um diagnóstico profundo sobre o concelho, suspender o PDM e criar medidas preventivas", referiu.
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Segundo António Figueira Mendes, a intensidade turística máxima "é de 14.915 camas e a capacidade real ainda está aquém" do previsto, já que as camas turísticas "executadas, em execução ou aprovadas são, atualmente, 10.827" no concelho.
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