Ryanair aceita sindicatos para evitar greve
A companhia aérea "low cost" Ryanair está disposta a reconhecer os sindicatos de pilotos de diversos países para evitar a greve anunciada para este período de Natal.
PUB
Em comunicado, a transportadora informou que esta sexta-feira, 15 de Dezembro, escreveu aos sindicatos de pilotos existentes na Irlanda, Reino Unido, Alemanha, Itália, Espanha e também em Portugal.
Na missiva, a Ryanair diz que está disponível para reconhecê-los como representativos dos pilotos da companhia em cada país, "desde que estabeleçam comités de pilotos da Ryanair para lidar com os assuntos da companhia". A "low cost" diz que não se quer relacionar com pilotos que voam para companhias concorrentes.
PUB
"A Ryanair mudará agora a sua política de longa data de não reconhecer os sindicatos para evitar qualquer ameaça de interrupção de voos para os seus clientes devido aos sindicatos de pilotos durante a semana de Natal," informou.
O convite aos pilotos é de que retirem a greve prevista para 20 de Dezembro, também agendada para Portugal. No país, estes profissionais fazem-se representar pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), que confirmou a paralisação na passada quarta-feira, depois dos colegas de outros países.
PUB
Os pilotos reclamam melhores condições de trabalho, melhores salários e que a sua sindicalização seja reconhecida.
O SPAC admitia desconvocar a greve caso a administração da Ryanair mostrasse "abertura para o diálogo construtivo" contra aquilo que é uma "cultura estabelecida de medo e ‘bullying em relação" aos seus trabalhadores.
PUB
Esta ameaça de greve chega depois de uma vaga de cancelamentos que afectaram a companhia aérea desde Setembro, justificadas com um problema na marcação das férias dos pilotos.
No final de Outubro, a transportadora anunciava que ia separar 45 milhões, só nas contas de Inverno, para melhorar as condições de trabalho dos pilotos.
Saber mais sobre...
Saber mais Ryanair Portugal Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil SPAC transportes aviação greve NatalMais lidas
O Negócios recomenda