Tivoli: A história de um imbróglio à Espírito Santo
Dillip Rajakarier, CEO do Minor Hotel Group, nunca pensou em desistir ao longo de 18 meses de negociações. "Se tivéssemos desistido, a empresa tinha ido para liquidação e as pessoas teriam perdido o emprego", confessou ao Negócios.
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Foi o foco numa história marcada por avanços e recuos, rumo ao controlo de uma marca hoteleira com 83 anos de história. O primeiro dia de Fevereiro marcou o fecho do negócio de 294 milhões de euros. A este valor juntam-se mais 50 milhões em renovações.
Para trás fica um conjunto de obstáculos inerentes ao colapso do Grupo Espírito Santo. Em Janeiro de 2015, a Tivoli Hotels & Resorts entra em Processo Especial de Revitalização. Mais para o final do ano, juntar-se-iam dois novos problemas: o arresto de bens que só viria a ser levantado pela justiça em Dezembro e a acção do Montepio que reclamava 60 milhões de euros.
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Os tailandeses foram encontrando soluções e fechando o negócio por etapas. Em Janeiro, anunciaram a compra da operação no Brasil e de quatro imóveis em Portugal por 168 milhões de euros. Nesse momento, o mercado encarou-os como os compradores do que ainda restava.
Em Junho, o Minor Hotel Group propôs 82,5 milhões de euros para o controlo da cadeia hoteleira e assumir o passivo superior a 60 milhões de euros. Os credores acabaram por dar "luz verde" à oferta.
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A penúltima etapa chegaria em Outubro, com a compra do Tivoli Oriente, em Lisboa, por 38,5 milhões de euros. O fim do arresto permitiu, agora em Fevereiro, comprar os restantes sete hotéis que ainda não estavam na posse do grupo tailandês.
"Quero agradecer a sua resiliência e a escolha de investir em Portugal", posicionou o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, na cerimónia de anúncio do negócio a Dillip Rajakarier. "Por favor, é bem-vindo para expandir o seu investimento em Portugal", acrescentou.
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É isso mesmo que o Minor Hotel Group pretende, trazendo novas marcas como a Anantara para o país. E, depois de consolidada a posição dos Tivoli em Portugal, levar a marca a outros pontos do globo.
Os tailandeses protagonizam o maior negócio de sempre no sector hoteleiro em Portugal. Com a entrada na Europa e América Latina, a sua rede passa para os 145 hotéis, espalhados por 22 países. O maior peso continua a fazer-se sentir no continente asiático.
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