"Superministério pode ser positivo", mas Calheiros alerta que turismo é importante
Fusão entre Economia e Coesão Territorial pode ser positiva, mas o novo ministro não se pode esquecer da importância do setor do turismo. Presidente da Confederação recorda "importantes dossiers" que têm de avançar.
A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) lamenta não ter sido criado um Ministério do Turismo neste novo Executivo, e apela a que o setor não fique esquecido no "superministério", embora a fusão possa ser positiva.
Com o setor do turismo a ser tutelado pelo Ministério da Economia, a pasta recai agora sobre Manuel Castro Almeida, que fica com o Ministério da Economia e Coesão Territorial.
"Espero que neste novo Ministério o turismo continue a ser bem considerado em termos de política pública e de resolução de importantes dossiers estratégicos que necessitam de ser urgentemente colocados em marcha, para o bem do país”, aponta Francisco Calheiros, presidente da CTP, citado em comunicado.
Reconhecendo que "bem conhece" o governante que agora assegura a pasta, a CTP admite esperar que se prossiga "o trabalho que tem vindo a ser realizado, tendo em conta os desafios que se colocam ao setor do turismo". Embora não os refira nesta comunicação, Francisco Calheiros tem sido crítico da falta de avanços na nova infraestrutura aeroportuária em Alcochete, dos atrasos na Alta Velocidade e do esgotamento físico do Aeroporto Humberto Delgado para receber mais visitantes.
“Em teoria, a criação de um ‘superministério’ que junta a Economia e a Coesão Territorial pode até ser positivo já que poderá contribuir para a dinamização económica, estando integradas num mesmo ministério a tutela dos principais setores da economia e a gestão dos fundos e apoios necessários ao desenvolvimento de infraestruturas estratégicas, indispensáveis para o crescimento da economia nacional", acrescenta o líder da associação.
Outro sinal positivo é a criação do Ministério da Reforma do Estado, que fica a cargo de Gonçalo Saraiva Matias. "Tem sido uma prioridade da CTP alertar para a necessidade urgente de se proceder a uma profunda reforma do Estado", afirma Francisco Calheiros.
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