Turismo pesa 8% do PIB
Em 2021, o Turismo contribuiu com 16,8 mil milhões de euros para o PIB nacional, de forma direta e indireta. O valor traduz 8% do total do PIB nacional, ficando ainda abaixo dos níveis de 2019, quando se situava em 11,8%. Já o consumo de turismo no país totalizou 21.334 milhões de euros (10,1%) do PIB.
Em 2021, o Turismo contribuiu 16,8 mil milhões de euros para o PIB nacional, de forma direta e indireta. O valor traduz 8% do total do PIB e uma subida de 1,4 pontos percentuais face ao peso do Turismo na economia nacional em 2020, quando ascendia a 6,6% do PIB, segundo os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística que publica a estimativa preliminar da Conta Satélite do setor para 2021.
Esta subida vem à boleia do aumento do valor acrescentado bruto (VAB) gerado pelo Turismo no ano passado, que totalizou 10.671 milhões de euros - aumentou 27,3% face a 2020, em termos nominais - e, em 2021, representou 5,8% deste indicador a nível nacional. Em 2020, o VAB do setor traduzia 4,8% a nível nacional.
É através do VAB que é medida a contribuição da atividade turística na economia nacional, através da produção de bens e serviços consumidos pelos visitantes em Portugal, sejam residentes no país ou não.
Mas, apesar da subida, o contributo do Turismo para o PIB fica abaixo dos níveis de 2019, quando se situava em 11,8% do PIB. Ainda assim, diz o INE, o Turismo contribuiu "em pouco mais de um terço para a recuperação do PIB em 2021".
Já o consumo de turismo no país totalizou 21.334 milhões de euros, o "equivalente a 10,1% do PIB (8,4% em 2020), mas 5,2 p.p. inferior ao nível de 2019", quando era de 15,3%, refere ainda o INE.
Segundo os dados divulgados, os produtos turísticos que mais contribuem para o PIB, como os serviços de alojamento, a restauração e similares, os transportes (sobretudo os aéreos) e os serviços de aluguer, sofreram "crescimentos intensos (entre 14,4% e 59,1%)" face à atividade registada em 2020, tendo sido "os que mais sofreram os impactos económicos da pandemia COVID-19". No primeiro ano de pandemia, estas atividades tiveram uma redução, em volume, "entre 46,5% e 65,7% no PIB turístico gerado", apontam os dados do INE.
No entanto, em 2021, os serviços de aluguer, que continuaram a registar um decréscimo de 12,5% na sua atividade.
Já as importações e as exportações de turismo tiveram, em 2021, um aumento próximo de 30%, face ao ano anterior. Ainda assim, os valores ficaram abaixo dos registados em 2019: menos 31,% no caso das importações e menos 45,6% no caso das exportações.
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