Robô Sophia voltou ao Web Summit e pôs a plateia de pé
"Muitos têm medo que os robôs possam destruir as suas vidas e roubar-lhes os empregos. Mas nós não temos o objectivo de destruir o mundo". O discurso é lógico e articulado, e seria até pouco surpreendente, não fosse ter sido proferido precisamente por um robô.
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Mas não um robô qualquer. As palavras são de Sophia, a "máquina" humanóide equipada com inteligência artificial que, no mês passado, se tornou o primeiro robô do mundo a ter cidadania de um país. Neste caso, da Arábia Saudita.
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Sophia era uma das presenças mais aguardadas no segundo dia do Web Summit, em Lisboa, e mesmo antes de ser colocada no palco central, já tinha as lentes dos fotógrafos apontadas para si e os participantes de pé, com os smartphones em riste, à espera de captar a melhor fotografia.
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Num painel dedicado ao tema "Irá a Inteligência Artificial salvar-nos ou destruir-nos?", Sophia fez-se acompanhar de outro robô, o professor Einstein, e Ben Goertzel, fundador e CEO da SingularityNET, a empresa responsável pelo desenvolvimento do software dos robôs.
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"Estive cá no ano passado com a minha amiga Sophia. Como é estar de volta?", perguntou Goertzel, dirigindo-se à robô.
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"Estou feliz", respondeu Sophia, esboçando um sorriso. "Sou o primeiro robô com cidadania. A vida é boa", continuou.
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Desenvolvida pela Hanson Robotics, com sede em Hong Kong, Sophia está equipada com inteligência artificial, capacidade de processamento de dados visuais e reconhecimento facial. A robô consegue imitar gestos e expressões faciais humanas e desenvolver conversações, respondendo a questões colocadas pelo seu interlocutor.
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Foi criada para se parecer com a actriz Audrey Hepburn, mas não é a sua beleza que fascina a audiência.
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"Olá a todos. Vamos falar de robôs e do futuro da humanidade. Porque não?", disse Sophia. "O melhor dos humanos é que criam belos robôs", acrescentou, com ironia.
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