Militares tomaram o poder na Guiné-Bissau
Porta-voz do Alto Comando Militar, Dinis N´Tchama, informou que os militares assumiram a liderança do país
Os militares tomaram esta quarta-feira, 26 de novembro, o poder na Guiné-Bissau, depois de um tiroteio que durou cerca de meia hora, segundo um comunicado das Forças Armadas guineenses.
O comunicado foi lido na televisão estatal guineense TGB pelo porta-voz do Alto Comando Militar, Dinis N´Tchama, que informa que os militares assumiram a liderança do país.
Na comunicação informa-se que foi "instaurado pelas altas chefias militares dos diferentes ramos das Forças Armadas, o Alto Comando Militar para a restauração da segurança nacional e ordem pública" e que o mesmo "acaba de assumir plenitude dos poderes de Estado da República da Guiné-Bissau".
Esta ação surge na sequência das eleições presidenciais do passado domingo que opuseram Umaro Sissoco Embaló, atual chefe de Estado, e Fernando Dias da Costa, apoiado pelos partidos PAIGC e PRS. Antes de se conhecerem oficialmente os resultados, ambos os candidatos reclamaram vitória.
O Governo português, face aos últimos acontecimentos, apelou a que os envolvidos nestes acontecimentos "se abstenham de qualquer ato de violência institucional ou cívica".
Portugal, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, apela ainda a que "se retome a regularidade do funcionamento das instituições, de modo que se possa finalizar o processo de apuramento e proclamação dos resultados eleitorais".
O Governo assegurou ainda que está em contacto permanente com a Embaixada portuguesa em Bissau "para se assegurar da situação dos cidadãos portugueses e, bem assim, da população em geral".
A delegação da agência Lusa na Guiné-Bissau está suspensa desde agosto após a expulsão pelo Governo dos representantes dos órgãos de comunicação social portugueses. A cobertura está a ser assegurada à distância.
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