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Trabalhadores da Super Bock acordam aumento salarial mínimo de 75 euros

Para o sindicato, este acordo, continua "sem espelhar fielmente o reflexo dos lucros dos acionistas nos rendimentos dos trabalhadores".

20 de Junho de 2025 às 13:48

Os trabalhadores da Super Bock Bebidas vão ter uma atualização salarial de 2,4%, com impacto mínimo de 75 euros no ordenado base, anunciou esta sexta-feira o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos (Sintab).

"O acordo assinado na passada quarta-feira entre a Fesaht [Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo] e a Super Bock determina que as tabelas salariais e as cláusulas de expressão pecuniárias sejam atualizadas em 2,4% (valor da inflação de 2024) com impacto mínimo de 75 euros nas tabelas e, consequentemente, no salário base de cada trabalhador", avança o Sintab em comunicado.

De acordo com o sindicato, esta atualização processa-se "apenas depois de uma primeira correção das tabelas que refletirá, nas tabelas salariais, o aumento de 1% que a Super Bock processou nos salários, a partir de dezembro de 2024, para poder cumprir com os requisitos de que necessitava para aceder aos benefícios fiscais em sede de IRC".

Segundo refere, o acordo agora alcançado "contraria a pretensão da empresa desde o início da negociação, que tinha definido como inegociável o facto de os valores agora tratados terem sempre de incluir o aumento de dezembro".

Esta posição foi sempre recusada pelos trabalhadores nos vários plenários realizados durante os últimos meses.

O Sintab destaca também que, com esta decisão, os trabalhadores "rejeitaram ainda uma proposta de acordo que a Super Bock tinha apresentado para dois anos, com mais uma redução do período de trabalho semanal a partir de janeiro do próximo ano".

Uma proposta, que, sustenta, "os trabalhadores valorizam, mas não aceitaram que funcionasse como isco para um aumento salarial baixo que a empresa apontava a 2026".

Para o sindicato, este acordo, continua "sem espelhar fielmente o reflexo dos lucros dos acionistas nos rendimentos dos trabalhadores", mas "mantém o sentido de afastamento do salário mínimo nacional iniciado há alguns anos, traduzindo-se na valorização do trabalho e das profissões".

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