Portugal no mercado de dívida e 4 outras coisas que precisa de saber para começar o dia

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP vai realizar um leilão de recompra esta quarta-feira para buscar obrigações do Tesouro (OT) que vencem nos próximos dois anos. Trata-se de três linhas, com a primeira a dizer respeito à próxima grande parede de dívida que Portugal vai enfrentar: a 21 de julho do próximo ano atinge a maturidade uma linha de OT que foi lançada em 2016 com um cupão de 2,875% e que tem atualmente vivos 10.365 milhões de euros.

O gabinete europeu de estatística – o Eurostat – dá a conhecer os valores definitivos da inflação na Zona Euro em novembro. Os dados preliminares davam conta de uma aceleração da inflação em novembro, para 2,2% – uma subida de 0,1 pontos percentuais face ao valor de outubro (que foi de 2,1%). A confirmar-se, interrompe-se assim uma série de três meses de descida da inflação. O Reino Unido vai divulgar também os números da inflação relativos ao mês passado.

Os preços do petróleo atingiram o valor mais baixo em quase cinco anos na terça-feira. A ameaça de entrada do crude russo em força no mercado com um possível acordo de cessar-fogo com a Ucrânia levou o JPMorgan a prever que, se ninguém fechar as torneiras, os preços da matéria-prima podem chegar aos 30 dólares até final de 2027. Com um cenário de excedente e as negociações para a paz a avançarem na Europa, os investidores estão de olhos postos no comportamento do crude esta quarta-feira, dia em que são também conhecidas as reservas oficiais dos EUA. 

Depois de a Reserva Federal (Fed) ter cortado as taxas de juro em 25 pontos base na reunião da semana passada, os investidores tentam agora perceber quais poderão ser os próximos movimentos do banco central norte-americano. O mercado aposta em dois cortes, mas as expectativas podem vir a ser testadas esta quarta-feira com as intervenções de John Williams, presidente da Fed de Nova Iorque, e Christopher Waller, membro do Conselho de Governadores da autoridade monetária.

As empresas ligadas à inteligência artificial (IA) voltam a estar sob o olhar atento dos mercados. Após os resultados e previsões da Oracle e da Broadcom terem desencadeado um "sell-off" nas ações tecnológicas no final da semana passada, os investidores estão de atenções viradas para as contas da Micron Technology - uma empresa norte-americana que se dedica à produção de memória de computador e que tem ganhado cada vez mais tração com o advento da IA.