BES já tem sindicato bancário para aumento de capital
O Banco Espírito Santo (BES) já tem um sindicato bancário para avançar, nos próximos dias, com um aumento de capital que deverá rondar os 1.000 milhões de euros. Uma operação destinada a reforçar os rácios de solidez da instituição e também do Espírito Santo Financial Group (ESFG), “holding” que controla a instituição liderada por Ricardo Salgado.
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Ao que o Negócios apurou, os bancos que vão actuar como coordenadores globais da oferta pública serão o UBS, o Morgan Stanley e BES Investimento. Mas o sindicato bancário incluirá ainda o Bank of America, o JP Morgan, o Citi e o Nomura.
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O lançamento do aumento de capital estará por dias. Até porque, como noticia o “Diário Económico” esta quarta-feira, 14 de Maio, o BES pretende concluir a operação nas primeiras semanas de Junho.
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Oficialmente o BES não reagiu ainda às informações de que se prepara para realizar um aumentar capital. Esta quinta-feira, 15 de Maio, o banco liderado por Ricardo Salgado vai apresentar os resultados do primeiro trimestre e as expectativas dos analistas do CaixaBI apontam para que os prejuízos se tenham agravado para 90,5 milhões de euros.
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Os analistas do BPI lembram hoje que "a possibilidade de um aumento de capital do BES tem sido mencionada pela imprensa", realçando que a instituição liderada por Ricardo Salgado quer melhorar o seu rácio de capital core tier one, estabilizado em 8,1% no final do ano, para níveis próximos dos seus pares espanhóis, que ronda os 10%.
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De acordo com a análise da casa de investimento, um aumento de capital no montante de mil milhões de euros levaria o BES a negociar com um rácio PER (cotação/lucros) estimado "normalizado" de 10,3 vezes em 2017, enquanto o "price to book value" (rácio que mede a relação entre a cotação das acções e o seu valor contabilístico) aumentaria de 0,83 vezes para 0,85 vezes, um valor ainda abaixo de 1. O BES foi o único dos grandes bancos que não recorreu a ajuda estatal para reforçar os seus rácios de capital.
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As acções do BES estão a reagir em queda à possibilidade dum aumento de capital, com uma desvalorização de 3,85% para 1,1730 euros.
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