BlackRock atinge recorde de 13,5 biliões de dólares em ativos sob gestão

O apetite por ETF e mercados privados está a sustentar as contas da maior gestora de ativos do mundo. As comissões, que evidenciam a robustez do negócio, cresceram acima da meta definida por Larry Fink.
Larry Fink é CEO da BlackRock e um dos mais conhecidos investidores do mundo.
AP/Richard Drew
Diogo Mendo Fernandes 14 de Outubro de 2025 às 18:24

A maior gestora de ativos do mundo, a BlackRock, galgou um novo patamar esta terça-feira, após ter anunciado que chegou aos 13,5 biliões de dólares em ativos sob gestão no terceiro trimestre deste ano, um crescimento de 17% face ao registado em setembro do ano passado.

A subida explica-se pelo crescimento dos "exchange traded funds" (ETF) da sua subsidiária, a iShares, que tem agora cinco biliões de ativos sob gestão, bem como o bom momento dos mercados financeiros globais que já mais do que recuperaram das quedas geradas pelo "dia da libertação", em que o Presidente dos Estados Unidos anunciou a implementação de tarifas a quase todos os países do mundo.

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O CEO Larry Fink descreve mesmo a procura por ETF como "recorde", com a gestora a angariar 205 mil milhões de dólares entre julho e setembro. Os lucros da gestora caíram 19% para 1,3 mil milhões de dólares, o que a empresa justifica com custos derivados da aquisição da HPS Investment Partners por 12 mil milhões de dólares. Já as receitas cresceram 25% para 6,5 mil milhões de dólares no terceiro trimestre.

As comissões, consideradas o indicador preferencial dos analistas para avaliar a robustez do negócio, cresceram 10% acima da meta definida por Larry Fink. Parte deste crescimento justifica-se pela integração da HPS, mais focada nos mercados privados, que geram comissões mais elevadas. Apenas neste segmento entraram 13,2 mil milhões de euros.

Numa chamada com analistas, citada pelo Financial Times, o CEO afirmou que a "convergência dos mercados públicos e privados está a aumentar" e que "os investidores estão à procura de parcerias mais profundas e dinâmicas entre as classes de ativos públicos e privados", o que ampliou o "potencial de crescimento" das aquisições da BlackRock nos mercados privados.

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As ações da gestora de ativos, que valorizam 16% desde o início do ano, responderam de forma positiva às contas e ganham 2,13% para 1.180,13 dólares.

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