Bolsa já perde mais de 2% para mínimos de três meses
A praça portuguesa está a acentuar a tendência negativa e regista já uma desvalorização superior a 2%. O PSI-20 segue com 18 acções em queda, atingiu um novo mínimo desde o início de Outubro, destacando-se as descidas acentuadas das acções da Sonae SGPS, Sonae Indústria e Galp Energia.
O PSI-20 marca 12.372,07 pontos, com 18 acções em queda, a Soares da Costa Inalterada e a Impresa a subir.
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São já onze as cotadas nacionais a transaccionar em mínimos de mais de um ano. Quatro delas integram o PSI-20: BPI, Mota-Engil, Sonae SGPS e Sonae Indústria.
Na Europa o dia está a ser de descidas acentuadas, depois da Marks & Spencer ter reportado as vendas mais fracas dos últimos anos na época de Natal. Ainda assim Lisboa regista a perda mais acentuada. O Stoxx 600 atingiu mesmo o valor mais baixo do último ano.
A praça lusa, que ontem registou a primeira valorização de 2008, está de novo em queda e acumula já uma descida de cerca de 5% desde o início do ano. Hoje são 10 as cotadas que perdem mais de 2%.
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Entre as cotadas que mais penalizam a performance do PSI-20, destaque para a Galp Energia [galp pl] que cede 4,63% para 15,23 euros, e acumula uma perda de mais de 18% este ano. A petrolífera liderada por Ferreira de Oliveira continua, assim, a corrigir dos fortes ganhos registados no final de 2007 que levaram a companhia a atingir valores recorde, acima dos 19 euros.
Ainda no sector energético, a EDP [edp] recua 2,59% para 4,51 euros. Outro dos "pesos pesados" do mercado nacional, a Portugal Telecom [ptc] desliza 0,65% para 9,21 euros, enquanto na banca o BCP [bcp] regista uma descida de 0,36% para 2,74 euros. A tendência é seguida também pelo BES [besnn], que cede 2,47% para 14,22 euros, sendo que o ES Financial Group está em mínimos de Setembro de 2006, a cotar nos 21,58 euros.
Em mínimos, mas de Março de 2006, estão as acções do banco liderado por Fernando Ulrich, o BPI, que recuam 1,43% para ser transaccionadas nos 4,84 euros, e também do Banif [Cot] que registam uma desvalorização de 3,58% para 3,77%.
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Além destas empresas, em mínimos de mais de um ano estão também títulos como a Novabase, a Grão Pará e a Inapa [ina], que negoceia nos 0,77 euros, com uma queda de 7,23%. A Mota-Engil [egl] afunda 4,49% para 4,68 euros e está negociar no valor mais baixo desde Novembro de 2006.
Grupo Sonae em queda acentuada
As acções da Sonae SGPS [son] são o espelho de todos os títulos do Grupo. A "casa-mãe" seguia a negociar nos 1,44 euros, em queda de 6,49%, tendo atingido um novo mínimo de Novembro de 2006. A queda acontece no dia em que começaram a ser transaccionados os direitos de subscrição das acções da Sonae Capital
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Os direitos da nova empresa do Grupo, que se estreará na bolsa de Lisboa no final do mês, concluindo o processo de separação da Sonae SGPS, estão a ser negociados nos 20 cêntimos, um valor que fica aquém dos 26 cêntimos que a "holding" ajustou e da avaliação de 37 cêntimos dos analistas. Ao preço actual, a Sonae Capital [soncd pl] está avaliada em 400 milhões de euros.
A empresa liderada por Angelo Paupério, a Sonaecom [snc] recua 2,26% para 3,03 euros, enquanto a Sonae Indústria [soni] atingiu um novo mínimo de dois anos ao tocar nos 5,52 euros. As acções da empresa estão em queda de 6,04%, a serem negociadas nos 5,60 euros.
Numa sessão marcada por fortes quedas, a Impresa é a excepção à regra. Os títulos da empresa de "media" inverteram a tendência depois de ter sido noticiado que os "Gato Fedorento" vão voltar à SIC e estão em alta de 1,67%, a cotar nos 1,83 euros.
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A Soares da Costa [sco] negoceia estável nos 2,08 euros, já as acções da REN [rene], a empresa que completa amanhã seis meses de negociação em bolsa, está a cair 0,29% para 3,41 euros
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