CMVM: Aumento da poupança depende de políticas públicas como incentivos fiscais

Gabriela Figueiredo Dias deu o exemplo dos incentivos fiscais em Itália, que apontou como um "fenómeno de sucesso", frisando que existem exemplos para os quais Portugal pode olhar.
Gabriela Figueiredo Dias CMVM
Miguel Baltazar/Negócios
Lusa 17 de Julho de 2019 às 18:43

A presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) disse esta quarta-feira no Parlamento que o aumento da taxa de poupança em Portugal depende de políticas públicas, como incentivos fiscais, que não são da competência do regulador.

 

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"O aumento da taxa de poupança não acontecerá enquanto não houver medidas integradas, que são políticas públicas que não são da competência da CMVM (...), sem as quais a economia permanecerá frágil e débil", afirmou Gabriela Figueiredo Dias, ao falar na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa.

 

A presidente da CMVM adiantou que, no âmbito das políticas públicas, "as políticas de incentivos fiscais são as que efetivamente funcionam" para estimular o aumento da taxa de poupança.

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Gabriela Figueiredo Dias deu o exemplo dos incentivos fiscais em Itália, que apontou como um "fenómeno de sucesso", frisando que existem exemplos para os quais Portugal pode olhar.

 

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Ao falar perante os deputados, Gabriela Figueiredo Dias frisou que "há efetivamente um problema" em Portugal, referindo-se às "baixas taxas de poupança e tradição através do financiamento bancário, em vez do mercado de capitais" no caso das empresas, adiantando que "há questões de resiliência e capacidade de elasticidade que se relacionam com esta questão".

 

A presidente da CMVM afirmou também ter consciência de que "a dimensão regulatória não é suficiente" para resolver estas questões, mas frisou que o regulador "contribui para esse propósito de muitas formas", nomeadamente através da simplificação e da aproximação aos 'stakeholders'.

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Gabriela Figueiredo Dias salientou ainda que "não há possibilidade de os agentes económicos considerarem o mercado financeiro como uma forma de financiamento alternativo se não houver confiança no mercado" e sublinhou que "persiste uma crise de confiança". 

 

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"Enquanto regulador, damos um contributo muito sério para que possa haver uma maior familiaridade dos agentes económicos em relação ao mercado", disse também a presidente da CMVM, acrescentando que "não há possibilidade de separar a proteção do investidor do desenvolvimento do mercado", uma vez que "não há proteção do investidor sem desenvolvimento do mercado e não há desenvolvimento do mercado sem proteção do investidor".

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