Coligação quer que a bolsa represente 70% do PIB
A coligação pretende que diversificar as fontes de financiamento das empresas portuguesas, contando com a bolsa para ajudar nessa missiva. No programa de governo, PSD e CDS-PP define como meta que o mercado de capitais português que represente 70% do PIB de Portugal. Umas das formas para a alcançar está na promessa de um tratamento fiscal mais equilibrado entre dívida e capital.
PUB
PSD e CDS-PP defendem que para "tornar o custo do financiamento mais competitivo e a melhorar o seu risco de crédito", irá promover a "simplificação das actuais condições para conseguir incrementar o número de empresas que aumentam o seu capital através da bolsa, com a meta de atingirmos uma capitalização bolsista de 70% do PIB". Actualmente, as cotadas da bolsa nacional têm um valor de mercado de 60 mil milhões, ou seja, 34,2% do PIB.
Um dos factores que tem afastado as empresas do mercado de capitais, preferindo o financiamento através da banca, tem sido o tratamento fiscal diferenciado entre capital e juros. Mas a coligação promete "reforçar a convergência no sentido de um tratamento fiscal mais equilibrado da dívida e dos capitais próprios (dedução dos juros à matéria coletável)".
PUB
Incentivos para PME
A simplificação das regras para acesso ao mercado de capitais é uma das seis medidas no sentido de que as empresas diversifiquem as fontes de financiamento, não dependendo apenas dos bancos. Entre essas está ainda a "criação de incentivos à utilização do mercado de capitais e obrigacionista pelas PME, proporcionando o aumento do nível de capitais permanentes", refere o programa.
PUB
A coligação do PSD com o CDS-PP acrescenta ainda que se vencer as eleições legislativas agendadas para o dia 4 de Outubro vai procurar "criar condições para aumentar significativamente o número de empresas emitentes de obrigações cotadas, que actualmente são apenas 14".
Fundos europeus
PUB
Além de querer fomentar o recurso ao mercado de capitais por parte das empresas, a coligação acena ainda às empresas com a disponibilidade de fundos europeus que poderão ajudá-las a reforçarem os seus rácios. PSD e CDS-PP pretendem que se verifique um aumento relevante do rácio de autonomia financeira das empresas de 30% para "pelo menos 40%".
Neste sentido, a coligação defende a "promoção do Fundo Europeu de Investimentos Estratégicos como fonte de financiamento de capital de risco e/ou como prestador de contragarantia, securitização e titularização de créditos que permitam um reforço dos capitais próprios e melhor acesso a financiamento".
Alem disso, refere o programa da coligação apresentado esta quarta-feira, 29 de Julho, serão aplicados "fundos europeus destinados à capitalização de PMEs, que atingem os 3 mil milhões de euros", conclui.
PUB
(Notícia actualizada às 20h45 com mais informações sobre os incentivos às empresas para acesso ao mercado de capitais)
Saber mais sobre...
Saber mais PSD CDS-PP economia negócios e finanças partidos e movimentos política bolsa empresas PMEMais lidas
O Negócios recomenda