Contas da Nvidia e 4 outras coisas que precisa de saber para começar o dia

A Nvidia reporta os seus números do terceiro trimestre, fechando-se assim o ciclo de apresentação de contas das chamadas “sete magníficas” norte-americanas das tecnologias. Segundo os analistas inquiridos pela FactSet, a fabricante de semicondutores, que tem sido a cabeça de cartaz do "boom" da inteligência artificial, deverá ter tido um lucro de 1,24 dólares por ação entre julho e setembro. Se isso acontecer, será a maior subida do EPS, de entre as sete magníficas, já que corresponderá a um aumento de 53% face ao período de julho a setembro de 2024. Os analistas estão ainda mais otimistas no que toca às perspetivas de crescimento da gigante dos chips, depois da sua parceria com a OpenAI (criadora do ChatGPT) anunciada em setembro.

Os investidores estarão a reagir às contas da Mota-Engil, divulgadas esta terça-feira já depois do fecho dos mercados. Nos primeiros nove meses do ano, a construtora registou um resultado líquido recorde de 92 milhões de euros, o que representa um aumento de 20% face aos 77 milhões apurados no mesmo período do ano passado, “o melhor desempenho de sempre em nove meses”. Além disso, os acionistas da empresa deram "luz verde" para a emissão de empréstimos obrigacionistas de até 750 milhões de euros.

A Reserva Federal norte-americana vai divulgar as atas do último encontro de política monetária, realizado a 28 e 29 de outubro, quando procedeu a um corte dos juros diretores pela segunda vez este ano. A Fed reduziu em 25 pontos-base a taxa dos fundos federais, que passou para um intervalo entre 3,75% e 4% — o nível mais baixo desde dezembro de 2022. No dia do anúncio, o novo corte esperado pelo consenso do mercado para dezembro ficou em “stand-by”, já que o presidente do banco central, Jerome Powell, disse que esse movimento estava “longe de garantido”. No entanto, a reabertura do Governo federal, depois de um “shutdown” de 43 dias, acaba com os atrasos na divulgação de importantes dados económicos, ajudando assim os decisores de política monetária. 

Um dos grandes objetivos da presidência de Donald Trump é reduzir o défice comercial que os EUA têm com uma boa parte dos países. Para isso, o líder norte-americano apresentou, em abril, uma nova estratégia de "tarifas recíprocas", que culminou numa série de acordos comerciais, incluindo com a União Europeia. Do lado dos 27, já se sente o impacto desta nova política, com vários membros a registarem défices comerciais em setembro. Esta quarta-feira, os EUA dão a conhecer a evolução da sua balança comercial relativa a agosto, com os analistas a anteciparem uma redução do saldo negativo.

Por cá, o INE divulga os índices de preços na produção industrial, relativos a outubro, enquanto o Banco de Portugal apresenta os dados da balança de pagamentos de setembro. Na Europa, destaque para os números da inflação de outubro na Zona Euro e no Reino Unido, bem como para a confiança do consumidor espanhol – também em outubro.