Crise política em França e 4 outras coisas que precisa de saber para começar o dia

Macron deu 48h ao primeiro-ministro demissionário, Sébastien Lecornu, para encontrar uma solução junto dos partidos da oposição que viabilize o Orçamento do Estado para 2026, numa altura em que França se debate com um parlamento fraturado e problemas nas contas públicas. O prazo dado pelo chefe de Estado a Lecornu termina hoje ao final da tarde. Os socialistas e os republicanos de centro-direita já descartaram um acordo que os levaria a governar juntos, antecipando-se um adensar da crise política que poderá deixar o país sem o principal documento de política financeira do Estado.

Quase um mês depois de ter decidido avançar com o primeiro corte de juros do ano na reunião de política monetária de setembro, a Reserva Federal (Fed) divulga hoje as atas desse encontro. Na altura Jerome Powell, presidente da Fed, sinalizou que a "incerteza quanto às perspetivas económicas continua elevada". A decisão de cortar as taxas diretoras em 25 pontos-base não foi unânime, e as atas conhecidas hoje deverão dar novas pistas sobre a decisão e o futuro da política monetária no país, à medida que os investidores continuam a apostar que a Fed irá flexibilizar as taxas novamete na reunião deste mês.

Depois de, na segunda-feira, a presidente do BCE ter alertado para possíveis novas tensões comerciais com os EUA acerca das exportações e consumo, e de na terça-feira ter participado no evento "Business en Européens", Christine Lagarde volta a discursar durante o dia de hoje. As palavras da presidente do BCE serão seguidas de perto pelos mercados, que estarão à procura de pistas sobre a trajetória das taxas de juro na Zona Euro, assim como por perspetivas económicas para a região. O BCE deixou as taxas diretoras inalteradas na sua última reunião. Ao mesmo tempo, vários membros do banco central irão discursar durante esta quarta-feira.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) publica os dados de agosto do índice de custos de construção de habitação nova – que em julho aumentaram 4,8%, em termos homólogos. No dia seguinte dá conta dos impostos e taxas com relevância ambiental no ano passado.

Esta quarta-feira, são revelados os dados da produção industrial da Alemanha referentes a agosto. Em julho, este indicador cresceu 1,3%, em comparação com o mês anterior, após uma queda de 0,1% em junho, em linha com as expectativas do mercado. Os dados chegam numa altura em que a crise industrial na maior economia da Zona Euro tem vindo a acelerar, sendo o setor automóvel o mais afetado.