Decisão do BCE e 4 outras coisas que precisa de saber para começar o dia

É anunciada esta quinta-feira a decisão de política do Banco Central Europeu, que deve manter as taxas de referência no nível de 2%. Apesar de uma ligeira aceleração da inflação para 2,1% em agosto, uma subida de 0,1 pontos percentuais em relação a julho, os números mantêm-se perto da meta do banco central, pelo que os analistas não veem necessidade de uma nova redução. A conferência de imprensa da presidente do BCE será importante para perceber os riscos geopolíticos e comerciais em torno da política monetária.                       

Numa altura em que a Reserva Federal (Fed) se prepara para cortar as taxas de juro pela primeira vez este ano, na reunião da próxima semana, é divulgada a leitura do índice de preços no consumidor (IPC) para agosto. Numa primeira indicação, os preços no produtor (IPP) recuaram 0,1% em cadeia, o que pode significar um abrandamento das pressões de inflação, dando mais segurança à Fed para cortar as taxas de juro perante os receios inflacionistas das tarifas. Em julho, a inflação homóloga estabilizou nos 2,7%.                

A Euronext anunciou na quarta-feira que a construtora está de regresso ao índice de referência da bolsa de Lisboa, nove anos depois da última presença. O bom desempenho da cotada no índice geral, em que já valorizou mais de 400% este ano, permitiu alcançar um "free float" de mais de 100 milhões de euros, condição para integrar o PSI. A reentrada está marcada para 22 de setembro, mas os investidores irão reagir à promoção na sessão desta quinta-feira.             

Num momento em que os preços do petróleo apresentam alguma volatilidade devido às tensões no Médio Oriente, são divulgados dois importantes relatórios mensais do setor, pela Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP) e pela Agência Internacional de Energia AIE). Em agosto, a OPEP reviu em alta as previsões de procura para 2026, enquanto a AIE fez o mesmo.            

O setor nacional dos serviços estará em destaque, com a divulgação pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) dos Índices de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas nos Serviços referentes a julho. Em junho, o Índice de Volume de Negócios nos Serviços registou uma variação homóloga de 3,0%, traduzindo uma desaceleração de 0,8 pontos percentuais face ao valor apurado no mês anterior.