Wall Street em alta apesar de tombo da Amazon. Europa negoceia no vermelho
Petróleo desvaloriza. Preços do gás sobem ligeiramente
Ouro desvaloriza mas caminha para segunda semana consecutiva de ganhos
Euro desvaloriza face ao dólar. Iene negoceia entre ganhos e perdas
Juros agravam-se na Zona Euro
Europa negoceia no vermelho, mas Stoxx 600 caminha para melhor semana desde julho
Wall Street no verde. Amazon tomba mais de 10% após resultados
- Europa aponta para o vermelho. Ásia fecha em terreno negativo
- Petróleo desvaloriza. Preços do gás sobem ligeiramente
- Ouro desvaloriza mas caminha para segunda semana consecutiva de ganhos
- Euro desvaloriza face ao dólar. Iene negoceia entre ganhos e perdas
- Juros agravam-se na Zona Euro
- Europa negoceia no vermelho, mas Stoxx 600 caminha para melhor semana desde julho
- Wall Street no verde. Amazon tomba mais de 10% após resultados
A Europa aponta para um arranque de sessão em terreno negativo, um dia depois de o Banco Central Europeu ter anunciado uma nova subida das taxas de juro diretoras.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 cedem 0,8%.
Também na Ásia vermelho foi a cor que dominou, com os índices asiáticos a seguir as pisadas de Wall Street, após os resultados aquém do esperado de gigantes tecnológicas. Na Ásia, pela China o Hang Seng cedeu 3,42% e Xangai perdeu 1,54%. Na Coreia do Sul, o Kospi desvalorizou 0,93%, enquanto no Japão, o Nikkei derrapou 0,88% e o Topix desceu 0,34%.Os investidores estão agora de olhos postos na Reserva Federal norte-americana (Fed), que tem encontro marcado na próxima semana, 1 e 2 de novembro.
O petróleo segue a desvalorizar, numa altura em que os investidores procuram ativos de menor risco perante a perspetiva de um abrandamento da economia global.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque - desvaloriza 1,26% para 87,96 dólares por barril, mantendo-se a negociar abaixo dos 88 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – cede 0,98% para 96,01 dólares por barril.As previsões de crescimento da China estão a diminuir, com os investidores a acreditar que Pequim demorará a deixar de lado a sua política de "zero casos" covid-19. Ao mesmo tempo, o aumento das taxas de juro por parte do Fed já dá sinais de estar a interferir na procura.
"O mercado do petróleo tem beneficiado de um dólar mais fraco e da esperança de uma forte recuperação da economia chinesa. Mas agora o foco está a mudar para os riscos de uma recessão, que estão a diminuir as previsões da procura de crude para o resto do ano", afirmou Ed Moys, analista sénior na Oanda Corp.
Já o gás negociado em Amesterdão (TTF), que serve de referência para o mercado europeu, sobe 3,36% para 111 dólares por megawatt-hora. Apesar da subida, os preços do gás natural na Europa caminham para a quarta semana consecutiva de perdas, à medida que as temperaturas mais elevadas do que o suposto adiam o início da necessidade de aquecimento.
O ouro segue a negociar com perdas, numa altura em que os investidores estão de olhos postos na próxima reunião da Fed, no início de novembro. Apesar disso, o metal amarelo caminha para a segunda semana consecutiva de ganhos.
O ouro segue a desvalorizar 0,61% para 1.653,23 dólares por onça, ao passo que a platina desce 0,70% para 955,22 dólares e o paládio cede 0,04% para 1.949,59 dólares. O ouro manteve-se relativamente estável ao longo desta semana, sempre a negociar entre os 1.650 e os 1.660 dólares por onça. As subidas das taxas de juro por parte da autoridade monetária norte-americana têm deixado o metal precioso sob pressão, com os preços recuarem perto 20% desde março, quando atingiram um valor recorde na sequência da invasão russa da Ucrânia.
O ouro manteve-se relativamente estável ao longo desta semana, sempre a negociar entre os 1.650 e os 1.660 dólares por onça. As subidas das taxas de juro por parte da autoridade monetária norte-americana têm deixado o metal precioso sob pressão, com os preços recuarem perto 20% desde março, quando atingiram um valor recorde na sequência da invasão russa da Ucrânia.
O euro segue a desvalorizar face ao dólar, um dia depois de o Banco Central Europeu ter anunciado uma nova subida das taxas de juro diretoras. A moeda única europeia recua 0,17% para 0,9947 dólares.
Já o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra dez divisas rivais – valoriza 0,26% para 110.854 pontos. O destaque vai para o iene no mercado cambial, que negoceia entre ganhos e perdas após o Banco do Japão ter dito que vai continuar com a política das taxas de juro negativas. A libra esterlina, por sua vez, que tem oscilado ao sabor da crise política no Reino Unido, segue a cair 0,40% para 1.1519 dólares e recua 0,21% para 1.1580 euros.
Os juros das dívidas soberanas voltaram a agravar-se na Zona Euro, depois de na quinta-feira terem aliviado na sequência do discurso da presidente do Banco Central Europeu. Christine Lagarde anunciou uma nova subida das taxas juro diretoras de 75 pontos base, mas o seu discurso sobre a política monetária futura foi visto pelo mercado como menos duro.
A "yield" da dívida portuguesa com maturidade a 10 anos sobe 5 pontos base para 2,962%, enquanto os juros da dívida espanhola agravam-se 5,3 pontos base para 3,046%. Já as "Bunds" alemãs - referência para a Europa, avançam 6 pontos base para 2,016% e os juros da dívida italiana somam 7,5 pontos base para 4,061%. Os juros da dívida francesa, por sua vez, avançam 6,8 pontos base para 2,526%.
Fora da Zona Euro, no Reino Unido, os juros da dívida britânica escalam 5,3 pontos base para 3,440%.
As bolsas europeias recuaram, numa altura em que os investidores continuam a digerir resultados trimestrais, depois de as contas de gigantes tecnológicas terem ficado aquém do esperado.
O "benchmark" Stoxx 600 cai 0,98% para 406,16 pontos, com os setores da tecnologia, dos recursos naturais e do imobiliário a serem os que mais contribuem para a queda. Apesar do recuo, o índice mantém-se rumo à melhor semana desde finais de julho.
Nas restantes praças europeias, o espanhol Ibex desce 0,96%, o alemão Dax recua 0,91%, o francês CAC-40 desvaloriza 0,78% e o britânico FTSE 100 perde 0,88%. Em Amesterdão, o AEX desce 1,66% e em Itália, o FTSE MIB cede 1,18%. Os investidores voltaram a ficar desiludidos esta quinta-feira, após os resultados mistos da Apple. A empresa liderada por Tim Cook
Wall Street abriu a sessão desta sexta-feira a negociar em terreno positivo, mesmo com novos dados que mostram que a inflação continua a subir no país, o que poderá dar mais força à Reserva Federal norte-americana para a continuação de uma política restritiva.
O industrial Dow Jones sobe 1,29%, para os 32.445,77 pontos, enquanto o índice alargado S&P 500 avança 0,76% para os 3.836,39 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite, apesar das quedas de ontem, soma 0,66% para os 10.863,98 pontos.
Entre as empresas que divulgaram resultados esta quinta-feira, a Apple sobe 5,04%, depois de ter lucrado 20.721 milhões de dólares no seu quarto trimestre fiscal, terminado a 24 de setembro, o que se traduz numa subida homóloga de 0,8%.
Ainda a registar ganhos está a Intel, que sobe 8,77%, mesmo depois de ter revisto em baixa as previsões para o resto do ano, sendo que espera uma descida nas compras de aparelhos eletrónicos e vários despedimentos. Já a Amazon tomba 10,89%, após ter obtido 2,9 mil milhões de dólares de lucro no terceiro trimestre, uma quebra de 9,4% face ao mesmo período de 2021. Mas, principalmente, ao desiludir nas previsões de vendas para o último trimestre do ano. "Esta semana os novos resultados mostram que a inflação e o ciclo de aperto da política monetária que foi posto em prática para combater [a inflação] vão provavelmente levar a uma recessão", indica Matt Maley, analista da Miller Tabak, à Bloomberg. "O que significa que a determinado ponto, o mercado de ações vai ter de incorporar [uma recessão] no preço", completa.
Já a Amazon tomba 10,89%, após ter obtido 2,9 mil milhões de dólares de lucro no terceiro trimestre, uma quebra de 9,4% face ao mesmo período de 2021. Mas, principalmente, ao desiludir nas previsões de vendas para o último trimestre do ano.
"Esta semana os novos resultados mostram que a inflação e o ciclo de aperto da política monetária que foi posto em prática para combater [a inflação] vão provavelmente levar a uma recessão", indica Matt Maley, analista da Miller Tabak, à Bloomberg.
"O que significa que a determinado ponto, o mercado de ações vai ter de incorporar [uma recessão] no preço", completa.
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