Wall Street em alta apesar de tombo da Amazon. Europa negoceia no vermelho

Acompanhe, minuto ao minuto, todos os desenvolvimentos dos mercados durante esta sexta-feira.
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Andy Rain/EPA
Sílvia Abreu e Diogo Mendo Fernandes 28 de Outubro de 2022 às 15:26
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Europa aponta para o vermelho. Ásia fecha em terreno negativo

A Europa aponta para um arranque de sessão em terreno negativo, um dia depois de o Banco Central Europeu ter anunciado uma nova subida das taxas de juro diretoras. 

Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 cedem 0,8%. 

Também na Ásia vermelho foi a cor que dominou, com os índices asiáticos a seguir as pisadas de Wall Street, após os resultados aquém do esperado de gigantes tecnológicas. Na Ásia, pela China o Hang Seng cedeu 3,42% e Xangai perdeu 1,54%. Na Coreia do Sul, o Kospi desvalorizou 0,93%, enquanto no Japão, o Nikkei derrapou 0,88% e o Topix desceu 0,34%.

Os investidores estão agora de olhos postos na Reserva Federal norte-americana (Fed), que tem encontro marcado na próxima semana, 1 e 2 de novembro.

Petróleo desvaloriza. Preços do gás sobem ligeiramente

O petróleo segue a desvalorizar, numa altura em que os investidores procuram ativos de menor risco perante a perspetiva de um abrandamento da economia global.

O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque - desvaloriza 1,26% para 87,96 dólares por barril, mantendo-se a negociar abaixo dos 88 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – cede 0,98% para 96,01 dólares por barril.

As previsões de crescimento da China estão a diminuir, com os investidores a acreditar que Pequim demorará a deixar de lado a sua política de "zero casos" covid-19. Ao mesmo tempo, o aumento das taxas de juro por parte do Fed já dá sinais de estar a interferir na procura. 

"O mercado do petróleo tem beneficiado de um dólar mais fraco e da esperança de uma forte recuperação da economia chinesa. Mas agora o foco está a mudar para os riscos de uma recessão, que estão a diminuir as previsões da procura de crude para o resto do ano", afirmou Ed Moys, analista sénior na Oanda Corp.

Já o gás negociado em Amesterdão (TTF), que serve de referência para o mercado europeu, sobe 3,36% para 111 dólares por megawatt-hora. Apesar da subida, os preços do gás natural na Europa caminham para a quarta semana consecutiva de perdas, à medida que as temperaturas mais elevadas do que o suposto adiam o início da necessidade de aquecimento.

Ouro desvaloriza mas caminha para segunda semana consecutiva de ganhos

O ouro segue a negociar com perdas, numa altura em que os investidores estão de olhos postos na próxima reunião da Fed, no início de novembro. Apesar disso, o metal amarelo caminha para a segunda semana consecutiva de ganhos. 

O ouro segue a desvalorizar 0,61% para 1.653,23 dólares por onça, ao passo que a platina desce 0,70% para 955,22 dólares e o paládio cede 0,04% para 1.949,59 dólares.

O ouro manteve-se relativamente estável ao longo desta semana, sempre a negociar entre os 1.650 e os 1.660 dólares por onça. As subidas das taxas de juro por parte da autoridade monetária norte-americana têm deixado o metal precioso sob pressão, com os preços recuarem perto 20% desde março, quando atingiram um valor recorde na sequência da invasão russa da Ucrânia.

O ouro manteve-se relativamente estável ao longo desta semana, sempre a negociar entre os 1.650 e os 1.660 dólares por onça. As subidas das taxas de juro por parte da autoridade monetária norte-americana têm deixado o metal precioso sob pressão, com os preços recuarem perto 20% desde março, quando atingiram um valor recorde na sequência da invasão russa da Ucrânia.

Euro desvaloriza face ao dólar. Iene negoceia entre ganhos e perdas

O euro segue a desvalorizar face ao dólar, um dia depois de o Banco Central Europeu ter anunciado uma nova subida das taxas de juro diretoras. A moeda única europeia recua 0,17% para 0,9947 dólares. 

Já o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra dez divisas rivais – valoriza 0,26% para 110.854 pontos. O destaque vai para o iene no mercado cambial, que negoceia entre ganhos e perdas após o Banco do Japão ter dito que vai continuar com a política das taxas de juro negativas. 

A libra esterlina, por sua vez, que tem oscilado ao sabor da crise política no Reino Unido, segue a cair 0,40% para 1.1519 dólares e recua 0,21% para 1.1580 euros.

Juros agravam-se na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas voltaram a agravar-se na Zona Euro, depois de na quinta-feira terem aliviado na sequência do discurso da presidente do Banco Central Europeu. Christine Lagarde anunciou uma nova subida das taxas juro diretoras de 75 pontos base, mas o seu discurso sobre a política monetária futura foi visto pelo mercado como menos duro.

A "yield" da dívida portuguesa com maturidade a 10 anos sobe 5 pontos base para 2,962%, enquanto os juros da dívida espanhola agravam-se 5,3 pontos base para 3,046%. Já as "Bunds" alemãs - referência para a Europa, avançam 6 pontos base para 2,016% e os juros da dívida italiana somam 7,5 pontos base para 4,061%. 

Os juros da dívida francesa, por sua vez, avançam 6,8 pontos base para 2,526%. 

Fora da Zona Euro, no Reino Unido, os juros da dívida britânica escalam 5,3 pontos base para 3,440%.

Europa negoceia no vermelho, mas Stoxx 600 caminha para melhor semana desde julho

As bolsas europeias recuaram, numa altura em que os investidores continuam a digerir resultados trimestrais, depois de as contas de gigantes tecnológicas terem ficado aquém do esperado. 

O "benchmark" Stoxx 600 cai 0,98% para 406,16 pontos, com os setores da tecnologia, dos recursos naturais e do imobiliário a serem os que mais contribuem para a queda. Apesar do recuo, o índice mantém-se rumo à melhor semana desde finais de julho.

 

Nas restantes praças europeias, o espanhol Ibex desce 0,96%, o alemão Dax recua 0,91%, o francês CAC-40 desvaloriza 0,78% e o britânico FTSE 100 perde 0,88%. Em Amesterdão, o AEX desce 1,66% e em Itália, o FTSE MIB cede 1,18%.

Os investidores voltaram a ficar desiludidos esta quinta-feira, após os resultados mistos da Apple. A empresa liderada por Tim Cook bateu as estimativas de lucros e receitas mas as vendas de iPhone dececionaram. Já a Amazon indicou que espera faturar entre 140 mil e 148 mil milhões de dólares no quarto trimestre, muito abaixo dos 155 mil milhões que os analistas apontavam.

Wall Street no verde. Amazon tomba mais de 10% após resultados

Wall Street abriu a sessão desta sexta-feira a negociar em terreno positivo, mesmo com novos dados que mostram que a inflação continua a subir no país, o que poderá dar mais força à Reserva Federal norte-americana para a continuação de uma política restritiva.

O industrial Dow Jones sobe 1,29%, para os 32.445,77 pontos, enquanto o índice alargado S&P 500 avança 0,76% para os 3.836,39 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite, apesar das quedas de ontem, soma 0,66% para os 10.863,98 pontos.

Entre as empresas que divulgaram resultados esta quinta-feira, a Apple sobe 5,04%, depois de ter lucrado 20.721 milhões de dólares no seu quarto trimestre fiscal, terminado a 24 de setembro, o que se traduz numa subida homóloga de 0,8%.

Ainda a registar ganhos está a Intel, que sobe 8,77%, mesmo depois de ter revisto em baixa as previsões para o resto do ano, sendo que espera uma descida nas compras de aparelhos eletrónicos e vários despedimentos.

Já a Amazon tomba 10,89%, após ter obtido 2,9 mil milhões de dólares de lucro no terceiro trimestre, uma quebra de 9,4% face ao mesmo período de 2021. Mas, principalmente, ao desiludir nas previsões de vendas para o último trimestre do ano.

"Esta semana os novos resultados mostram que a inflação e o ciclo de aperto da política monetária que foi posto em prática para combater [a inflação] vão provavelmente levar a uma recessão", indica Matt Maley, analista da Miller Tabak, à Bloomberg.

"O que significa que a determinado ponto, o mercado de ações vai ter de incorporar [uma recessão] no preço", completa.

Já a Amazon tomba 10,89%, após ter obtido 2,9 mil milhões de dólares de lucro no terceiro trimestre, uma quebra de 9,4% face ao mesmo período de 2021. Mas, principalmente, ao desiludir nas previsões de vendas para o último trimestre do ano.

"Esta semana os novos resultados mostram que a inflação e o ciclo de aperto da política monetária que foi posto em prática para combater [a inflação] vão provavelmente levar a uma recessão", indica Matt Maley, analista da Miller Tabak, à Bloomberg.

"O que significa que a determinado ponto, o mercado de ações vai ter de incorporar [uma recessão] no preço", completa.

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