Fox-Pitt, Kelton sobre preços-alvo do BCP e do BES

A Fox-Pitt, Kelton subiu o preço-alvo do BCP, para os 2,85 euros, e do Banco Espírito Santo, para os 14,40 euros, mantendo inalterada a recomendação de «em linha» para as duas instituições financeiras nacionais.
Paulo Moutinho 23 de Fevereiro de 2006 às 12:36

A Fox-Pitt, Kelton subiu o preço-alvo do BCP, para os 2,85 euros, e do Banco Espírito Santo, para os 14,40 euros, mantendo inalterada a recomendação de «em linha» para as duas instituições financeiras nacionais.

A venda das participações do Banque BCP França e do Banque BCP Luxemburgo à instituição à financeira francesa Caisse Nationale des Caisses d’Épargne geraram um ganho de capital de 56 milhões de euros para o Banco Comercial Português, segundo a Fox-Pitt, Kelton., que acrescenta que as várias «alienações da participações do BCP deverão ter gerado ganhos de 600 milhões de euros no ano passado».

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De um ponto de vista de proveitos operacionais, a casa de investimento afirma que o BCP está «bem posicionado para colher os ganhos da reestruturação que implementou nos últimos dois anos».

Para o analista Bruno Duarte, a dúvida que permanece é se o «grupo consegue resistir à tentação da expansão internacional». Segundo a Fox-Pitt, Kelton, depois da instituição ter perdido a «corrida ao BCR», «esperamos que o BCP seja um predador de activos quando/se existirem».

Com base nesta análise, Bruno Duarte subiu o preço-alvo dos títulos do BCP dos 2,6 euros para os 2,85 euros, mas considera que está mais «inclinado a aguardar para um nível de entrada mais baixo» no papel, talvez num «possível aumento de capital para um possível plano de expansão».

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A mesma casa de investimento reviu também em alta o seu preço-alvo para o Banco Espírito Santo. Segundo o analista da Fox-Pitt, Kelton, apesar da «soma das partes indicar uma avaliação de 20 euros por acção», «atribuímos um «preço-alvo de 14,40 euros, uma vez que apenas avalia o valor da rede de bancos nacional, excluindo desse modo o valor do ‘portfólio’ de participações accionistas».

A casa de investimento considera «positiva» a recente decisão de reorganizar o sector dos seguros, «não só pela exposição que trará aos accionistas do Banco», mas também devido «à simplificação da estrutura accionista com o Crédit Agricole, bem como o potencial aumento de ‘free-float’ do grupo em cerca de 5%».

O Banco Espírito Santo anunciou na passada segunda-feira que vai realizar um aumento de capital de 1,5 para até 2,5 mil milhões de euros, no âmbito de um reforço da parceira com o Crédit Agricole. O banco francês vai adquirir 50% do capital da Tranquilidade Vida e passará a controlar a gestão da companhia de seguros. O BES comprará os restantes 50% por 450 milhões de euros.

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As acções do Banco Espírito Santo [besnn] recuava 0,07% para os 13,82 euros e o BCP [bcp] avança 0,40% para os 2,53 euros, tendo já tocado esta manhã num máximo de 2002 nos 2,56 euros.

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