Mota-Engil dispara mais de 8% depois de vencer concurso para túnel imerso no Brasil
Numa primeira reação dos investidores às notícias de que a Mota-Engil venceu a corrida pela construção do túnel que ligará as cidades de Santos e Guarujá, no litoral de São Paulo, as ações da construtora portuguesa somam ganhos de 7,94% para 5,51 euros por ação, tendo mesmo já negociado com uma valorização de 8,50% na manhã desta segunda-feira.
A construção daquele que será o primeiro túnel imerso do Brasil terá um valor estimado de investimento de cerca de 1,1 mil milhões de euros. A empresa portuguesa derrotou a espanhola Acciona no leilão para escolher a concessionária responsável pela construção, operação e manutenção do túnel por 30 anos, que decorreu na passada sexta-feira, 5 de setembro.
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A adjudicação do contrato foi conhecida já depois do fecho dos mercados, pelo que a sessão em bolsa desta segunda-feira é a primeira após a notícia.
De acordo com a imprensa brasileira, a empresa liderada por Carlos Mota dos Santos apresentou um desconto de 0,5% sobre o valor da concessão, enquanto a empresa espanhola não apresentou qualquer desconto nas propostas abertas na bolsa B3, de São Paulo.
A obra deverá ser concluída até 2030 e visa tornar as duas cidades do país mais próximas. O túnel terá 1,5 quilómetros de extensão, dos quais 870 metros submersos, e vai permitir que a travessia entre Santos e Guarujá possa ser feita em menos de cinco minutos.
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O contrato para a concessão do túnel Santos-Guarujá, que será executado através de uma parceria público-privada, deverá ser assinado no último trimestre deste ano.
A Mota-Engil marca presença no Brasil desde 2009, estando neste momento focada em projetos de infraestruturas e de “oil & gas”. Ainda este ano, adquiriu os 50% que ainda não detinha na Empresa Construtora Brasil (ECB).
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A construtora portuguesa já valorizou mais de 75% este ano. Além de outros fatores, a Mota-Engil tem vindo a beneficiar nos últimos tempos da oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela Visabeira Indústria, no início do mês passado, sobre a Martifer, na sequência da assinatura de um acordo parassocial tripartido entre o grupo de Viseu, a Mota-Engil e a I’M.
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