Por baixo do alçapão da Evergrande há 5 biliões na mão de credores. Tanto quanto o PIB do Japão
Depois da Evergrande, várias empresas falharam em cumprir o pagamento aos seus credores em dólares, alimentando o risco de um "default" geral em todo o setor do imobiliário, que acumula 5 biliões de dólares de dívida na mão dos investidores, estima o banco japonês Nomura Holdings. Um valor que equivale ao PIB (produto interno bruto) do Japão, a terceira maior economia do mundo.
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Este montante de dívida que foi comprada pelos investidores mais do que duplicou no espaço de quatro anos, espelhando a forte necessidade que as imobiliárias tinham de se financiar, para fazer face ao requisito de nova construção num país com quase dez milhões de quilómetros quadrados.
Várias empresas estão agora a tentar adiar o pagamento dos cupões de dívida, procurando liquidez para cumprir com as responsabilidades. Algumas estarão a tentar vender partes do negócio, como é o caso da Evergrande, de forma a evitar o prazo de 30 dias sem pagar aos credores - o que significaria a entrada em terreno de "default". A Modern Land, uma outra empresa do setor, está agora a pedir um adiamento do prazo de pagamento por mais três meses para um cupão que expira a 25 de outubro.
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Na prática, o que está a acontecer é que estas empresas emitiram dívida, que foi comprada por vários investidores, de forma a terem liquidez para continuar a fazer crescer o negócio. Cada uma dessas emissões tem um prazo e passado esse período, as empresas têm de saldar toda a dívida comprada pelos credores, com os juros adjacentes. Caso não cumpram, podem entrar em incumprimento. Pequim já fez notar que não irá salvar as empresas deste setor de um eventual desaparecimento, mas tem estado empenhada em conter os danos que podem advir desta hipótese, depois de ter criado uma "task force" para reunir com grandes empresas estatais do mesmo setor numa tentativa de arranjar compradores para alguns dos seus ativos, diz a Reuters.
Pequim já fez notar que não irá salvar as empresas deste setor de um eventual desaparecimento, mas tem estado empenhada em conter os danos que podem advir desta hipótese, depois de ter criado uma "task force" para reunir com grandes empresas estatais do mesmo setor numa tentativa de arranjar compradores para alguns dos seus ativos, diz a Reuters.
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