Tarifas de Trump movimentaram 1,5 biliões de dólares no mercado cambial em abril
O anúncio de tarifas pelo presidente dos Estados Unidos levou à movimentação em abril de mais 1,5 biliões dólares (cerca de 1,3 biliões de euros ao câmbio atual) no mercado cambial, segundo o Banco de Compensações Internacionais.
No relatório publicado esta segunda-feira, o Banco de Compensações Internacionais (BIS) diz que volume de negociações cambiais atingiu um máximo histórico em abril, com uma média de 9,5 biliões de dólares por dia (cerca de 8,2 biliões de euros), acima do período turbulento de março de 2020, em plena pandemia de covid-19.
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Mais de 1,5 biliões de dólares deste volume de negócios resultaram do aumento repentino das negociações após o anúncio de mais taxas aduaneiras por Donald Trump em 2 de abril - que surpreenderam os mercados pela magnitude - e à repentina e inesperada desvalorização do dólar.
O BIS, com sede na cidade suíça de Basileia, publicou hoje no seu relatório que "o mercado cambial parece que atuou como amortecedor durante a turbulência de abril de 2025".
Nesse mês, os bancos e os investidores institucionais (caso de seguradoras e fundos) apresentavam baixas taxas de cobertura para o risco cambial, o que os deixava pouco protegidos contra perdas.
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O baixo nível de cobertura dos investidores amplificou o aumento repentino das negociações após o anúncio de mais taxas aduaneiras à importação de bens pelos Estados Unidos.
Muitos investidores ajustaram-se ao aumento do risco dos seus investimentos em dólares através de derivados cambiais, em vez de venderem os ativos subjacentes.
Apesar destes movimentos, o BIS acredita que não houve sinais de pressão sobre o financiamento em dólares em abril.
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