Três investimentos que brilham quando os mercados tremem
Quando os mercados tremem, os investidores tentam encontrar refúgio em activos vistos como refúgio. Janeiro foi um mês negativo para a grande maioria dos activos. O sentimento de aversão ao risco foi causado pelas incertezas sobre a China, pelos receios dos impactos das divergências de política monetária entre os EUA e a Zona Euro e pelo cepticismo em relação aos resultados das cotadas norte-americanas. Mas houve activos que permitiram ganhos.
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Ouro ganha brilho
Em tempos de instabilidade o metal amarelo tende a ganhar brilho. E foi isso que ocorreu. O valor da onça avança mais de 5% para 1117 dólares, a maior subida mensal em 12 meses. Os analistas atribuem a recuperação do ouro aos receios originados pelas quedas das bolsas. Apesar do desempenho positivo do metal, algumas acções de empresas que exploram este metal precioso tiveram ainda maiores ganhos. A Barrick Gold e a Randgold Resources, por exemplo, ganharam 34% e 14%, respectivamente.
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Dívida alemã é refúgio de eleição
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É outro clássico em alturas de medo nos mercados. Os investidores tentam sair de activos mais arriscados e trocam o investimento para activos mais seguros à espera que o mau tempo nos mercados se dissipe e que voltem a surgir oportunidades. Em Janeiro voltou a assistir-se a uma procura por dívida alemã. Além de ser vista como um refúgio, as obrigações germânicas estão ainda a ser beneficiadas pela expectativa de mais estímulos do BCE. Alguns economistas esperam que o banco central aumente o ritmo de compras de dívida soberana, o que também beneficiou as "bunds", sobretudo nos prazos mais longos. A 30 anos, o valor das obrigações alemãs subiu mais de 10%, com os juros a recuarem para 1,054%.
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O refúgio no tabaco
Entre os sectores presentes no índice da Bloomberg que mede o desempenho das bolsas mundiais, o da agricultura tem o melhor desempenho. Mas analisando os desempenhos nesse sector, a conclusão é que as acções que mais contribuíram para as subidas são tabaqueiras. Estas cotadas são vistas como sendo defensivas, já que tendem a ter balanços fortes e a ser generosas na distribuição de dividendos. Apesar do aperto da legislação e das vendas, o sector tem vivido uma fase de fusões e aquisições, o que tem animado as acções. É o caso da britânica Imperial Tobacco, que tem participado neste jogo da consolidação, e da norte-americana Reynolds Tobacco.
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