IMF – Dólar prolonga quedas

A libra voltou a ganhar terreno; Dólar registou maior perda em 4 semanas; Petróleo ganhou terreno; Ouro volta a ganhar
IMF - Informação de Mercados Financeiros 30 de Maio de 2022 às 14:30

| Libra acumula ganhos com ajuda do pacote de apoio do Reino Unido

A libra britânica dirigiu-se para uma segunda subida semanal e esteve perto de um mês de alta na sexta-feira, ajudada por um grande pacote de despesas governamentais para apoiar as famílias que os economistas disseram que deveriam apoiar a economia a curto prazo. O governo anunciou na quinta-feira um imposto inesperado de 25% sobre os lucros dos produtores de petróleo e gás para ajudar a financiar um pacote de 15 mil milhões de libras (18,9 mil milhões de dólares) de apoio às famílias que lutam para pagar as contas de energia em alta.

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O Eur/Gbp está a cotar em torno dos £0,850, apresentando um ligeiro crescimento face ao início da semana. Para o curto-prazo espera-se uma subida do par, tendo como suporte o nível dos £0,85. No entanto, para o longo prazo espera-se uma continuação da lateralização apresentada.

| Eur/Usd prolonga ganhos

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O dólar encerrou em terreno negativo pela segunda semana consecutiva, à medida que os investidores reduzem as expectativas de subida das taxas de juro da Reserva Federal dos EUA e que a melhoria da inflação e dos dados sobre os gastos dos consumidores atenuavam os receios de recessão. As minutas da última reunião da Fed (maio) revelaram que a maioria dos membros apoiaram subir a taxa de referência em meio ponto percentual para combater a inflação que concordaram ter-se tornado uma ameaça fundamental para o desempenho da economia e que estaria em risco de subir ainda mais sem a ação do Banco Central. O incremento de 50 pontos-base foi o primeiro dessa dimensão em mais de 20 anos e colocou o Fed no bom caminho para um rápido aperto da política monetária, com "a maioria dos participantes" a julgar que novos aumentos de meio ponto percentual "seriam provavelmente apropriados" nas próximas reuniões da Fed em junho e julho.

A nível técnico, o Eur/Usd continua com tendências de médio e longo prazo de queda do par. No entanto, para o curto prazo, o par continua a crescer com o ressalto após os 0% de retração de fibonacci ($1,0370), podendo até eventualmente alcançar o nível dos $1,08.

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| Petróleo em máximos de março

Nas últimas duas semanas, um dos destaques nos mercados de matérias-primas tem sido o petróleo, após uma subida de cerca de 6% no período, que deixa o "ouro negro" a negociar em máximos não vistos desde o início de março. O petróleo vê-se apoiado pelos constantes sinais de escassez do lado da oferta, numa altura em que a União Europeia continua a debater-se com a Hungria para colocar um embargo nas importações de petróleo da Rússia. Os dados relativos aos inventários nos EUA continuam a mostrar uma constante saída de crude e derivados, colocando ainda mais pressão ascendente sobre os preços. Não obstante, as perspetivas para a procura permanecem incertas, devido aos receios com o impacto dos confinamentos no consumo chinês, das preocupações persistentes com a inflação e do impacto de uma possível desaceleração económica mundial no consumo de petróleo.

Tecnicamente, com os ganhos recentes, o crude intensifica a perspetiva mais bullish para o curto-prazo, recuperando das perdas de meados de abril. Os indicadores técnicos, nomeadamente o MACD que apresenta um sinal de compra, também apontam para esta perspetiva, sendo esperado que o petróleo continue os ganhos no curto-prazo, estando de momento a testar o nível dos $115.

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| Ouro continua a ganhar

O ouro ganhou algum terreno ao longo da semana, apresentando-se agora estável, acompanhando o movimento do dólar. Novamente, a variação semanal foi positiva sustentada pelos movimentos do dólar e dos rendimentos do Tesouro dos EUA.

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Após os ganhos semanais consecutivos, o ouro começa agora a apresentar uma perspetiva de crescimento para o curto-prazo, à medida que o MACD começa a sinalizar para a compra. O metal-precioso encontra-se agora estabilizado nos $1850, podendo este nível representar-se como uma resistência para o ativo.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.

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