IMF – Eur/Usd recuou para mínimos de 5 anos
| Economia do Canadá terá crescido 5,6% no 1º Trimestre
Dados preliminares apontam para que a economia do Canadá tenha crescido 5,6% em termos homólogos no primeiro trimestre de 2022. A estimativa provisória do crescimento foi muito superior à previsão de 3,0% publicada pelo Banco do Canadá (BoC) no início deste mês e resulta, em grande parte, do alívio das restrições pandémicas. Estes números reforçam ainda mais as expetativas de subidas de taxa por parte do Banco Central. É de relembrar que no início deste mês a instituição anunciou uma subida de 50 pontos base, elevando a sua taxa de referência para 1% e espera-se largamente que vá em frente com outra forte subida, à medida que enfrenta uma inflação elevada. O Governador do BoC, Tiff Macklem, disse no início desta semana que a economia do Canadá estava a "sobreaquecer" e que eram necessárias taxas de juro mais altas para arrefecer a procura. As taxas de juro poderão ter de ir acima do nível neutro – estimado entre 2% a 3% - por um período, disse.
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A nível técnico, o Eur/Cad intensificou a tendência de queda nos últimos meses, quebrando em baixa o nível dos C$1,40. Tudo aponta para que o par dê seguimento ao movimento descendente em todo o horizonte temporal. O próximo suporte relevante situa-se no nível psicológico dos C$1,30. No entanto, mesmo este poderá não ser suficiente para amparar a descida.
| Eur/Usd renovou mínimos de 5 anos; Inflação da Zona Euro disparou e PIB desapontou
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A última semana ficou marcada por um forte movimento descendente do Eur/Usd. O par renovou mínimos de cinco anos, chegando mesmo a cotar abaixo dos $1,05. A contribuir para este movimento esteve a robustez do dólar, que ganhou terreno em toda a linha, tendo o dollar index atingido máximos de 20 anos. A contribuir para a subida da moeda norte-americana estiveram especialmente, as perspetivas de subidas mais agressivas das taxas de juro por parte da Fed, principalmente quando comparado com o BCE, cujos membros ainda apresentam alguma divisão de opiniões sobre o caminho a tomar no processo de "aperto" da política monetária. Os preços no consumidor da Zona Euro registaram uma subida de 7,5% de forma homóloga em abril – em linha com o esperado. A energia foi uma vez mais o principal fator impulsionador, tendo os preços subido 38% (!) face há um ano atrás, o que ainda assim corresponde a um declínio de 3,7% em cadeia face a março. Já a inflação subjacente, que exclui as componentes voláteis como alimentos e energia, saltou para 3,5% y/y. Estes não foram os únicos números a serem divulgados sobre a região, tendo o PIB praticamente estagnado no primeiro trimestre (+0,2% q/q). Portugal registou o maior crescimento ao subir 2,6%, seguido da Áustria (2,5%) e da Letónia (2,1%). Apesar do fraco crescimento, o pior ainda poderá estar para vir. A guerra na Ucrânia não aparenta ter fim à vista e as recentes ameaças por parte de Moscovo de cortar o fornecimento de gás natural a outros membros da União Europeia, isto após ter o suspendido à Polónia e Bulgária, poderão fazer os preços da energia subirem mais.
A nível técnico, o Eur/Usd quebrou recentemente o importante suporte dos $1,0880 (23,6% de retração de fibonacci) apresentando, como tal, uma postura mais negativa para o curto-prazo. Após esta quebra, o par recuou de forma bastante acentuada, tendo já testado níveis abaixo dos $1,05. O MACD apresenta agora um amplo sinal de venda, reforçando a perspetiva de queda, pelo menos para o curto/médio prazo, embora as projeções para o longo-prazo também sejam negativas. O próximo suporte localiza-se nos $1,037 (0% de retração de fibonacci).
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| Petróleo registou o quinto mês consecutivo de ganhos em abril
Na última semana, os preços do petróleo apresentaram ganhos de cerca de 4%, registando em abril o quinto mês consecutivo de ganhos, a mais longa sequência desde o início de 2018. A guerra na Ucrânia, que já entrou no terceiro mês, e numa altura em que a União Europeia discute a possibilidade de colocar um embargo ao petróleo russo no sexto pacote de sanções contra a Rússia, continua a ser o principal fator a sustentar os preços do crude. Ainda assim, os confinamentos na China que têm levado a uma diminuição da procura pelo maior importador mundial de petróleo e um consequente aumento nos inventários limitam ganhos mais expressivos. Destaque também para os inventários de crude, que na semana de 18 a 22 de abril, aumentaram em 619 mil barris por dia.
Tecnicamente, com os ganhos da última semana, o crude começa a apresentar uma perspetiva mais bullish para o curto-prazo, recuperando das perdas de meados de abril. Os indicadores técnicos, nomeadamente o MACD que apresenta um ligeiro sinal de compra, também apontam para esta perspetiva, sendo esperado que o petróleo continue os ganhos no curto-prazo, realizando um teste aos $110/barril.
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| Valorização do dólar norte-americano pressionou o ouro
Após várias semanas de ganhos, os preços do ouro registaram uma variação semanal negativa. Os fortes ganhos do dólar norte-americano, que também funciona como ativo de refúgio, foram o principal fator a pressionar os preços do metal precioso, numa altura em que o mercado aponta para que a reunião da Reserva Federal norte-americana marcada para maio, "aperte" ainda mais a política monetária nos EUA. Jerome Powell, presidente da Fed, apontou para a possibilidade de duas ou mais subidas de 50 pontos base para conter a inflação.
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Com as perdas das últimas semanas, o ouro intensifica a perspetiva bearish para o curto-prazo, à medida que o MACD apresenta um forte sinal de venda. O metal-precioso segue a consolidar em torno dos $1900 e é esperado que recue no curto-prazo, com o próximo suporte a situar-se nos $1850.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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