pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

IMF – BCE manteve taxas inalteradas

BCE manteve taxas inalteradas; Vendas a retalho do Reino Unido recuperaram em junho; Petróleo com perdas; Semana volátil para o ouro

28 de Julho de 2025 às 11:20

| BCE manteve taxas inalteradas

O Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência inalteradas, com a taxa de depósitos nos 2%, como o esperado, após 8 reuniões consecutivas de cortes. O BCE indicou que o ambiente continua incerto devido ao comércio internacional, mas que pretende garantir uma inflação de 2% a médio prazo. Na conferência de imprensa, Christine Lagarde, presidente do BCE, afirmou que o mercado laboral forte tem apoiado o consumo e que o investimento em defesa e infraestruturas deverá apoiar o crescimento económico. Um euro mais forte poderá levar a uma queda da inflação, mas uma disrupção das cadeias de abastecimento de bens e serviços poderá elevar os preços. Lagarde indicou que o cenário de base das previsões de junho se mantém. Além disso, a presidente do BCE considera que a instituição está numa “boa posição”, visto os salários estarem a progredir na “direção certa” e a inflação estar a 2%. O BCE, que prevê uma estabilização da inflação no médio-prazo, está confiante de que o choque de inflação “já passou”.

O Eur/Usd registou uma valorização significativa nas primeiras sessões da semana, tendo atingido novos máximos desde 3 de julho, nos $1,1788. Posteriormente, corrigiu ligeiramente, voltando a negociar em torno dos $1,1720. Ainda assim, o par mantém-se significativamente acima do seu próximo nível de suporte, situado nos $1,1450. O indicador MACD encurtou o sinal de venda do Eur/Usd, enquanto a média móvel a 200 dias subiu para os $1,0919.

Taxa de câmbio euro/dólar e análise MACD

| Vendas a retalho do Reino Unido recuperaram em junho

As vendas a retalho do Reino Unido recuperaram em 0.9% m/m em junho, abaixo dos 1.2% esperados pelo mercado, mas revertendo a contração de 2.8% de maio, que foi a maior queda desde dezembro de 2023. Em termos homólogos, as vendas a retalho cresceram 1.7%, face aos 1.8% esperados e à contração de 1.1% registada em maio. De acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas Britânico (ONS), o tempo quente ajudou a impulsionar as vendas de bebidas, vestuário e combustível para automóveis no mês de junho. Nos três meses até junho, as vendas a retalho cresceram 0.2%, no seu aumento mais fraco desde a leitura dos três meses até fevereiro. Hannah Finselbach, estatística sénior do ONS, afirmou que as vendas a retalho aumentaram ligeiramente no último trimestre, mas diminuíram quando comparadas com os níveis pré-pandémicos.

A semana foi positiva para o Eur/Gbp que valorizou consecutivamente para máximos de abril pelas £0,8733. O par conta com um suporte robusto presente na zona das £0,86, numa altura em que o indicador MACD inverteu o seu sinal de compra e a média móvel a 200 dias subiu para £0.8414.

Taxa de câmbio Euro/Libra Esterlina e MACD demonstram variação

| Petróleo com perdas

O preço do petróleo iniciou a semana em queda, à medida que se desvaneciam as expectativas de um acordo comercial entre os EUA e a Europa, alimentando os receios de um abrandamento económico nos maiores mercados petrolíferos do mundo. Contudo, o entendimento alcançado entre os EUA e o Japão, que melhorou as expectativas mencionadas anteriormente, aliado à redução dos stocks de petróleo nos EUA e aos cortes previstos nas exportações de gasolina pela Rússia, contribuiu para uma recuperação moderada dos preços. Apesar deste alívio temporário, o petróleo terminou a semana com variação negativa.

No início da semana passada, o petróleo perdeu terreno, tendo se aproximado do seu suporte dos $64/barril, onde renovou mínimos de 1 de julho pelos $64,71/barril. Posteriormente, a matéria-prima apresentou uma recuperação ligeira, que não chegou para impedir a semana de encerrar com variação negativa.

Gráfico de preços de negociação do petróleo bruto.

| Semana volátil para o ouro

No início da semana, o ouro valorizou consideravelmente, para máximos de cerca de 5 semanas, devido, principalmente, a um dólar enfraquecido com a incerteza de que os EUA conseguissem assinar acordos comerciais antes do prazo final estabelecido (1 de agosto). Contudo, nas sessões seguintes, o acordo realizado entre os Estados Unidos e o Japão, e o aumento das expectativas de um acordo comercial com a União Europeia, reduziu a incerteza nos mercados, o que enfraqueceu a procura por ativos de refúgio e, naturalmente, a procura pelo ouro. Assim, os preços do metal precioso corrigiram, e anularam os ganhos da semana.

A semana foi marcada por elevada volatilidade no mercado do ouro, que registou uma valorização acentuada nos primeiros dias, atingindo máximos desde 16 de junho nos $3438/onça. No entanto, nas sessões seguintes, o metal precioso corrigiu em baixa, voltando a negociar em torno dos $3328/onça, abaixo dos níveis em que iniciou a semana.

Ouro regista semana volátil, com valor de referência em 3334.1800 USD por onça

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.

Ver comentários
Publicidade
C•Studio