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IMF – FED cortou taxas em 25pb como o esperado

FED cortou taxas em 25pb como o esperado; Banco de Inglaterra manteve taxas inalteradas; Petróleo com semana volátil; Ouro renovou máximos históricos

22 de Setembro de 2025 às 12:30

| FED cortou taxas em 25pb como o esperado

A FED cortou as taxas de juro de referência em 25 pb, para entre 4% e 4.25%, como o esperado, e indicou que irá reduzir gradualmente os as taxas até ao final do ano, numa resposta dos decisores políticos aos sinais de fraqueza no mercado de trabalho. As novas projeções apontam para mais 2 reduções de 25 pb nas duas reuniões de política monetária restantes deste ano. Para além disso, a FED manteve a previsão de uma inflação de 3% no fim do ano e reviu em alta as projeções de um crescimento económico, de 1.4% para 1.6% em 2025. Jerome Powell, presidente da FED, comentou que, no curto prazo, os riscos para a inflação estão inclinados para cima e os riscos para o emprego para baixo, representando uma “situação desafiante” para a FED. Apenas Stephen Miran, que tomou posse na terça-feira, discordou da decisão, defendendo um corte de 50 pb.

O Eur/Usd iniciou a última semana calmo, entre os $1.1700 e os $1.1800. No entanto, após a decisão da FED, o par mostrou-se volátil, ao ponto de, por momentos, renovar máximos de setembro de 2021 ligeiramente abaixo dos $1.1920. Durante o resto da semana, o par registou um declínio até atingir os $1.1730 na sexta-feira. É importante mencionar que o Eur/Usd permanece apoiado por uma linha de tendência ascendente (vermelho), com a qual transaciona desde inícios de março. O indicador MACD manteve aberto o seu sinal de compra e a média móvel de 200 dias aproximou-se dos $1.1125.

Euro/US Dollar FX Spot Rate: análise do mercado e expectativas

| Banco de Inglaterra manteve taxas inalteradas

O Banco de Inglaterra (BoE) manteve as suas taxas de juro de referência inalteradas nos 4%, como o esperado, numa decisão com 7 votos a favor e 2 em prol de um corte. Adicionalmente, o BoE anunciou o abrandamento do ritmo do seu programa de redução das reservas de títulos do Tesouro pela 1ª vez desde que começou em 2022 e reduziu as vendas dos títulos de longo prazo para minimizar o impacto nos mercados voláteis de títulos do Tesouro. O Banco Central manteve a sua previsão de que a inflação irá atingir um pico de 4% neste mês e cair lentamente para a meta de 2% no 2º trimestre de 2027, mas elevou a sua projeção de crescimento para o 3º trimestre de 0.3% para 0.4%. Andrew Bailey, governador do BoE, comentou que a inflação do Reino Unido ainda não está “fora de perigo”, pelo que quaisquer cortes futuros terão de ser feitos de forma gradual e cuidadosa. O mercado espera que o próximo corte da instituição só ocorra em abril de 2026.

O Eur/Gbp abriu a semana passada com um ressalto, desde meados das £0.8650 até perto da resistência das £0.8700, onde permaneceu ao longo de algumas sessões. No entanto, na sexta-feira o par valorizou ao ponto de quebrar a resistência em alta e renovar máximos de mais de 1 mês nas £0.8728. Deste modo, o Eur/Gbp retornou a transacionar acima da linha de tendência ascendente que acompanha desde junho. O indicador MACD voltou a abrir o seu sinal de compra e a média móvel a 200 dias subiu para as £0.8482.

Euro/Libra esterlina: câmbio FX com tendência de subida desde junho

| Petróleo com semana volátil

O petróleo iniciou a última semana com uma valorização, suportada pela evidência de que os últimos ataques ucranianos a infraestruturas russas estão a afetar negativamente a capacidade de exportação da Rússia país e pela depreciação do dólar. No entanto, no fim da semana, o preço petróleo caiu, com o mercado preocupado com sinais de fraqueza da economia dos EUA.

O petróleo iniciou a última semana a dar continuidade ao ressalto que advinha da semana anterior, ao ponto de retornar a transacionar acima dos $64/barril. No entanto, nas últimas sessões, a matéria-prima voltou a desvalorizar para perto dos $63/barril.

Gráfico de preços do petróleo regista volatilidade numa semana de decisões da FED e do BoE

| Ouro renovou máximos históricos

O preço do ouro iniciou a semana passada em alta, devido a uma desvalorização do dólar e ao facto de o mercado já estar a antecipar a decisão da FED de cortar taxas em 25 pontos base. No entanto, posteriormente o ouro desvalorizou com os investidores a realizar os seus lucros e o dólar a pesar sobre os preços.

O ouro abriu a última semana com ganhos, até, na quarta-feira, renovar máximos históricos acima dos $3700/onça. No entanto, nas sessões seguintes o metal precioso registou uma correção ligeira para perto dos $3640/onça.

O ouro renovou máximos históricos acima dos $3700/onça

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.

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