Acções da PT SGPS disparam 15% em dia de assembleia-geral

Os títulos da PT SGPS estão a negociar esta quinta-feira em forte alta. Esta tarde, a assembleia-geral da empresa é retomada. Em cima da mesa está possibilidade de venda da PT Portugal aos franceses da Altice.
Miguel Baltazar/Negócios
22 de Janeiro de 2015 às 09:34

Em dia de assembleia-geral, as acções da PT SGPS estão a registar uma forte valorização. Menos de uma hora depois do arranque da sessão, os títulos chegaram a disparar 15,02% para 73,5 cêntimos. Seguem agora com um ganho menos acentuado, estando a valorizar 10,95% para 70,9 cêntimos por acção.

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Com cerca de 60 minutos de negociação, já trocaram de mãos mais de quatro milhões de acções. A média diária dos últimos seis meses é superior a 11 milhões de títulos.

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Esta quinta-feira, 22 de Janeiro, é retomada a assembleia-geral da PT SGPS. Em cima da mesa estará a venda da PT Portugal. 

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O Negócios escreve hoje que a aceitação de venda da PT Portugal está iminente na reunião, que pode ter Oi e não ter Menezes Cordeiro, presidente da mesa da assembleia-geral. O Novo Banco, que tem 10% dos votos na PT SGPS (apesar da participação accionista ser de 12,6%), é determinante no desfecho da assembleia-geral desta quinta-feira, 22 de Janeiro. Não costuma estar muito capital presente nas assembleias, o que leva a que os accionistas com mais acções acabem por ter um peso maior.

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Entretanto, esta quarta-feira, 21 de Janeiro, o Governo fez saber que não irá tomar posição nesta assembleia. O Governo "não vai tomar posição" na assembleia-geral da PT, assegurou a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, ontem no Parlamento.

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Ainda que, o ponto desta assembleia-geral seja a venda da PT Portugal, o Negócios escreve também esta quinta-feira que os accionistas vão aproveitar a presença de Bayard Gontijo, presidente da Oi, e da administração da PT para outras questões, como a auditoria da PricewaterhouseCoopers e as aplicações da empresa portuguesa na Rioforte.

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Altice disponível para pagar 7,4 mil milhões pela PT Portugal

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A 1 de Dezembro de 2014, a Oi confirmou estar em negociações exclusivas com a Altice para vender a PT Portugal e que o contrato de exclusividade destas negociações tinha um prazo de 90 dias. Este acordo visa permitir "à Oi e à Altice negociarem e acordarem os termos finais da alienação da PT Portugal e à Oi obter as autorizações societárias necessárias para realizar a alienação da PT Portugal", explica a Oi em comunicado enviado esta manhã ao regulador do mercado português.

 

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A proposta da Altice considera um valor da empresa (enterprise value) de 7,4 mil milhões de euros, excluindo caixa e dívida, e inclui um "earn-out" (pagamento diferido) de 500 milhões de euros relacionados a geração futura de receita da PT Portugal.

 

Responsabilidades com trabalhadores ficam na PT Portugal

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Ontem, o Negócios apurou que as responsabilidades com pagamentos de pré-reformas e contratos suspensos na PT Portugal ficarão na empresa e não serão transferidos para Oi.

 

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Isso mesmo consta de uma carta enviada pela Altice ao Sindicato dos Trabalhadores do Grupo PT (STPT), que tem mostrado preocupações com esta situação. Também a CMVM demonstrou dúvidas sobre esta incerteza na carta escrita ao presidente da mesa da assembleia-geral da PT SGPS, António Menezes Cordeiro.

 

Segundo apurou o Negócios, nessa missiva ao sindicato - que tem dito que não tinha obtido até ao momento resposta nem da Altice nem da Oi à sua dúvida - a Altice garante que as obrigações assumidas pela PT Portugal ao nos acordos de suspensão e de pré-reforma não ficarão a cargo da Oi. Mas sim na PT Portugal, empresa que pode vir a ser adquirida pela Altice.

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