Ações da Galp sobem apesar de queda homóloga nos lucros. "Cash flow" agrada aos analistas
As ações da Galp estão a valorizar na manhã desta segunda-feira, apesar de na pré-abertura de sessão ter apresentado um declínio no resultado líquido referente ao primeiro trimestre deste ano, abaixo das estimativas do mercado.
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Contudo, uma nova ronda de avaliações à empresa nacional mostraram que os analistas se focaram noutros indicadores, como o "cash flow" ou em fatores externos como a recuperação dos preços das "commodities" graças à recuperação económica à crise.
As ações da empresa chegaram a valorizar mais de 2% nas primeiras horas da manhã, mas recuaram os ganhos. Agora, estão a subir 0,8% numa altura em que foram negociadas mais de meio milhão de ações, que compara com a média diária dos últimos seis meses de 2,5 milhões de títulos transacionados.
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No total, seis casas de investimento reviram as suas avaliações à Galp, mas não alteraram nem o preço-alvo, nem a recomendação. Globalmente, o preço-alvo médio de todas as coberturas situa-se nos 11,82 euros por ação, o que representa um retorno potencial de 25,7% face ao fecho de sexta-feira.
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Entre as notas, a Jefferies deixou a sua recomendação inalterada em "manter", referindo o bom início para a temporada de resultados do primeiro trimestre, conduzido "pela boa prestação no 'upstream' e no lado comercial". Os analistas Giacomo Romeo e Michael Schwartz sublinharam o "cash flow" "acima do esperado". Já os analistas do Capital Markets fizeram valer "a subida de preços das 'commodities' e os custos mais baixos", ofuscando a queda dos lucros.
A Galp fechou o primeiro trimestre deste ano com lucros de 26 milhões de euros, uma queda de 13% face ao resultado líquido de 29 milhões obtido no período homólogo de 2020. O resultado fica aquém das estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg, que apontavam para lucros de 48,3 milhões de euros.
Entre janeiro e março, o "cash flow" operacional ajustado da Galp aumentou 46% para 445 milhões de euros e geração de FCF atingiu os 175 milhões, ou 518 milhões incluindo 343 milhões de receitas provenientes da venda da participação na GGND (Galp Gás Natural Distribuição, S.A.), que foi concluída durante o trimestre.
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Neste período, o investimento da petrolífera cresceu 23% para 178 milhões de euros, enquanto a dívida líquida subiu 4% para 1.552 milhões de euros.
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