Após 14 anos, bolsa de Lisboa volta a níveis da chegada da troika
Demorou 14 anos, mas a bolsa de Lisboa finalmente conseguiu atingir os níveis em que negociava na altura em que a troika se preparava para entrar no país, depois do pedido de assistência financeira em abril de 2011. O PSI, principal índice nacional, conseguiu ultrapassar os 7.795 pontos, algo que não acontecia desde maio de 2011. A útima vez que tinha rondado estes níveis tinha sido antes do colapso do Banco Espírito Santo (BES), que afastou os investidores dos mercados portugueses.
O PSI chegou a crescer 0,52% para 7.795,08 pontos esta sexta-feira, tendo, entretanto, reduzido os ganhos e fechado com uma valorização de 0,27% para 7.775,59 pontos. O principal índice foi impulsionado nesta sessão pelos ganhos do grupo EDP, que contrariaram o sentido de negociação da grande maioria das cotadas desta montra da Bolsa de Lisboa. A EDP Renováveis avançou 1,65% para 10,49 euros, enquanto a casa-mãe do grupo liderado por Miguel Stilwell subiu 1,05% para 3,853 euros.
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No entanto, o grande impulsionador este ano do principal índice nacional tem sido o BCP. Só este ano, o único banco português cotado em bolsa já acelerou mais de 43%, num ano que tem sido especialmente positivo para a banca europeia, que regista o melhor desempenho de 2009. Apesar do crescimento em 2025, o BCP fechou a sessão desta sexta-feira a perder 0,03% para 0,6668 euros.
Do lado dos ganhos, destaque ainda para a REN, que cresceu 0,98% para 3,09 euros, e para as movimentações menos expressivas da Sonae e da Jerónimo Martins, que valorizaram 0,31% para 1,28 euros e 0,52% para 23,10 euros, respetivamente.
Já do outro lado da tabela, a Semapa liderou as perdas, tendo caído 1,04% para 17,18 euros, com o pódio a ser completado pela Navigator e pela Altri, que desvalorizaram 0,91% para 3,276 euros e 0,80% para 4,98 euros, respetivamente. Já a Galp cedeu 0,68% para 16,06 euros, acompanhando os preços do petróleo no mercado internacional.
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A troika, entidade que agrupa o FMI, a Comissão Europeia e o BCE, esteve em Portugal até 17 de maio de 2014. Foram três anos de intervenção externa no país, com o pedido a ser feito pela mão de José Sócrates, que justificou vários anos depois o pedido de ajuda "por prudência" devido a dificuldades de acesso aos mercados. No entanto, foi Pedro Passos Coelho que dirigiu o país durante a intervenção.
(Notícia atualizada com as cotações de fecho)
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