Aprovação nos Estados Unidos leva Novo Nordisk a subir mais de 7%
As ações da Novo Nordisk, que arrancou o ano como a empresa europeia mais valiosa em bolsa, e que entretanto perdeu cerca de metade do valor, estão a subir 7% depois da aprovação, pelos Estados Unidos, da aplicação um medicamento para a perda de peso em doenças de fígado. O medicamento em causa é o Wegovy.
As acções valiam há momentos 348,65 coroas dinamarquesas (quase 46,60 euros ao câmbio atual).
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Explica a Bloomberg que a aprovação, na sexta-feira passada, é o segundo trunfo este mês da empresa dinamarquesa, depois da concorrente Eli Lilly ter apresentado dados aquém do esperado precisamente quanto a um medicamento para a perda de peso.
A decisão da US Food and Drug Administration “pode ajudar a alterar direção da Novo, depois de um arranque de ano atribulado”, disse Evean David Segerman, analista da BMO Capitals, numa nota citada pela agência de notícias.
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O medicamento Zepbound da Lilly tirou mercado à Wegovy, da Novo, embora a segunda tenha chegado primeiro aos pacientes, o que levou a uma reeestruturação e à substituição do CEO da empresa dinamarquesa. A decisão norte americana permite agora que o Wegovy também seja utilizado na doença hepática associada a disfunção metabólica, embora a americana Lilly também esteja nessa corrida.
Ao longo dos últimos doze meses, as acções da Novo chegaram a valer 942,4 coroas dinamarquesas (ao cambio de hoje, 126,3 euros) e atingiram neste período de um ano o mínimo de 287,6 coroas dinamarquesas (38,5 euros). A empresa vale atualmente mais de 1,5 mil milhões de coroas dinamarquesas (cerca de 201 mil milhões de euros).
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Nesta segunda-feira, a Novo Nordisk anunciou ainda que o preço do medicamento para a diabetes Ozempic vai passar a ser de 499 dólares por mês (cerca de 427 euros ao câmbio atual) nos EUA para quem paga por contra própria (ou seja, sem apoio de uma seguradora) – cerca de metade do preço que era praticado até agora. A empresa responde assim à pressão crescente do Presidente dos EUA, Donald Trump, que acusa muitas farmacêuticas de praticarem preços demasiado altos nos EUA.
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