Bolsa nacional volta às quedas. BCP e Galp pressionam
A bolsa nacional segue em terreno negativo, abandonando o momento de recuperação da sessão anterior. O PSI-20 desvaloriza 0,18% para os 4.852,05 pontos e conta sete cotadas a cair, oito a subir e três inalteradas.
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Na restante Europa, assistem-se a desenvolvimentos semelhantes, numa altura em que tanto os líderes italianos como Trump dão motivos de preocupação. O conflito entre Roma e Bruxelas prolonga-se depois de os líderes italianos terem concordado, na noite de segunda-feira, em pedir um estudo sobre os custos do Orçamento para a economia. Só depois de o receberem e analisarem irão considerar mudar a meta para o défice, tal como é defendido pela Comissão Europeia.
Do outro lado do Atlântico, numa entrevista ao The Wall Street Journal, Trump mostrou-se firme em relação à intenção já conhecida de aumentar as taxas sobre 200 mil milhões de importações chinesas no próximo mês de Janeiro, para além de reiterar a possibilidade de alargar as penalizações à totalidade das importações chinesas. Isto, caso o encontro com o presidente chinês, que acontecerá dentro de três dias no âmbito da conferência do G20, na Argentina, não satisfaça o líder norte-americano.
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Em Lisboa, o BCP e a Galp são os "pesos pesados" que mais penalizam. O banco liderado por Miguel Maya, um dos mais permeáveis à conjuntura externa, está a desvalorizar 0,95% para os 24 cêntimos. Já a petrolífera desliza 0,76% para os 14,45 euros, numa altura em que o barril de petróleo em Londres cede mais de 1% e negoceia nos 59,85 dólares. As cotações da matéria-prima descem em vésperas de vários encontros importantes: na conferência do G20 na Argentina, que arranca dia 30 de Novembro, vão cruzar-se o príncipe saudita Mohammed Bin Salman e o presidente russo, Vladimir Putin. Na semana seguinte é a vez da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) reunir em Viena.
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Em destaque no vermelho está também a Navigator que cai depois de anunciar que vai subir os preços do papel na Europa a partir de Janeiro, decisão que justificou com "a baixa rentabilidade". O aumento será entre 4% e 6% e surge depois de "um aumento contínuo dos custos de produção chave", revelou a empresa.
A travar maiores quebras está o grupo EDP. A eléctrica liderada por António Mexia soma 0,45% para os 3,09 euros e a subsidiária das energias limpas, a EDP Renováveis, sobe 0,66% para os 7,68 euros.
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Com uma subida acima da cotada gerida por Manso Neto está apenas uma, a Mota-Engil. A construtora valoriza 3,31% para os 1,68 euros na primeira sessão após ter revelado que a emissão de obrigações Mota-Engil 2018/2023 teve uma procura superior ao dobro do valor inicial. A empresa concretizou com sucesso a emissão de obrigações no valor de 110 milhões de euros, tendo a procura atingido os 140 milhões de euros.
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