BPI: Evolução do BCP justifica subida do "rating"

O BPI considera que esta subida do "outlook", em conjunto com os requisitos mínimos de capital exigidos pelo BCE "é positiva para a percepção de risco que o mercado tem do BCP".
Nuno Carregueiro 22 de Dezembro de 2017 às 10:51

A agência de notação financeira Fitch melhorou a perspectiva ("outlook") do "rating" do Banco Comercial Português de "estável" para "positiva", sinalizando que a classificação da dívida do maior banco privado português poderá subir em breve.

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Num comentário a esta decisão da Fitch, os analistas do BPI consideram que tem um impacto positivo no BCP e que a evolução dos indicadores do banco liderado por Nuno Amado justifica esta melhoria potencial na notação da dívida.

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Esta melhoria na perspectiva do "rating" representa "um bom presságio tendo em conta a evolução da margem financeira", conseguida sobretudo através da "redução dos custos de financiamento".  

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O BPI acrescenta que esta subida do "outlook", em conjunto com os requisitos mínimos de capital exigidos pelo Banco Central Europeu (BCE) "é positiva para a percepção de risco que o mercado tem do BCP".

 

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Para já a Fitch mantém a notação financeira do BCP em BB-, o que corresponde ao terceiro nível de "lixo". Uma classificação já quatro níveis abaixo do "rating" da República Portuguesa, que melhorou em dois níveis, para BBB, a 15 de Outubro.

 

Norma geral, quando elevam o "rating" de um soberano, as agências aplicam uma decisão da mesma magnitude às emitentes desses países.

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Na nota ontem publicada, a Fitch justifica o "rating" do BCP com a "fraca" qualidade dos activos do banco, o que coloca pressão sobre a rentabilidade operacional e a geração interna de capital.

"Os indicadores que medem a qualidade dos activos permanecem fracos, reflectindo o ‘stock’ considerável de activos problemáticos, embora o banco tenha efectuado bons progressos na sua redução", refere a nota. Apesar do aumento de capital de 1,33 mil milhões de euros efectuado no arranque do ano, a Fitch considera que o BCP permanece vulnerável a choques adicionais na qualidade dos activos.

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As acções do BCP descem 0,67% para 0,2687 euros.

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