Com Buffet de saída, lucros da Berkshire Hathaway disparam 17%
No último relatório de contas da era Warren Buffet, a Berkshire Hathaway viu os lucros dispararem 17% para 30,8 mil milhões de dólares no terceiro trimestre do ano, quando comparado com o mesmo período do ano passado. Os resultados operacionais cresceram mesmo mais de 34% para 13,49 mil milhões, apesar de as receitas da empresa terem acelerado apenas 2% para 94,97 mil milhões entre julho e setembro de 2025 - um valor que ficou ligeiramente abaixo das expectativas dos analistas.
Apesar dos bons resultados, a Berkshire admite que a incerteza económica e a diminuição da confiança dos consumidores têm sido um entrave para o crescimento das suas subsidiárias. No terceiro trimestre do ano, a construtora Clayton Homes viu as suas receitas estagnarem, enquanto empresas como a Duracell, a Fruit of the Loom e a Squishmallows viram as suas vendas caírem. Todos estes negócios são geridos na totalidade, ou quase na totalidade, pela Berkshire.
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Mesmo com alguma turbulência, que levou as ações da Berkshire a desvalorizarem mais de 6% no último meio ano, Warren Buffet deixa uma empresa bastante sólida para Greg Abel. Na Berkshire há mais de duas décadas, supervisionando os investimentos da empresa em Wall Street, Abel tem agora o desafio de atrair novamente os investidores e decidir o que vai fazer com a grande liquidez da empresa (grande parte da qual alocada a dívida dos EUA).
No mesmo relatório, a Berkshire Hathaway revelou que continua a vender ações, tendo alienado mais 6,1 mil milhões de dólares no último ano. É o terceiro ano consecutivo que se assiste a movimentos de venda de ações, com o total a ascender a 184 mil milhões de dólares (158 mil milhões de euros).
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