Dona do Casino Portugal anuncia entrada em bolsa para captar 460 milhões

A Cirsa, controlada pela Blackstone, já estudava a entrada em bolsa há mais de um ano. Agora decidiu avançar com a operação.
João Miguel Rodrigues
Pedro Curvelo e João Silva Jesus 18 de Junho de 2025 às 08:41

A Cirsa, dona do Casino Portugal e que se aliou à Amorim Turismo para entrar no capital do Casino da Figueira da Foz, vai avançar com a entrada em bolsa, anunciou esta quarta-feira a empresa que é controlada pela norte-americana Blackstone.

Em comunicado, a Cirsa indica que o objetivo é captar 460 milhões de euros mediante uma oferta de subscrição de 400 milhões de euros em novas ações e uma oferta de venda de 60 milhões de euros associada a um pacote de ações detido por vários dos seus dirigentes.

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A Cirsa refere que o encaixa líquido da oferta de subscrição, que rondarão os 375 milhões de euros, serão canalizados para acelerar o crescimento da empresa, quer por via orgânica quer por aquisições, bem como para a redução da dívida, com vista a baixar o rácio de endividamento de 3,3 vezes o EBITDA para 2,7 vezes.

A operadora de jogo pretende uma avaliação da empresa entre os 4.500 milhões e os 5.500 milhões de euros.

Fundada em 1978, a espanhola Cirsa é uma das maiores empresas do setor de jogos e apostas, presente em dez países e com 16 mil trabalhadores.  Anualmente, regista mais de 50 milhões de visitantes e tem receitas próximas dos dois mil milhões de euros.

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Para 2025, a empresa prevê fechar as contas com um EBITDA entre os 740 e 750 milhões de euros, um crescimento até aos 7% face aos resultados de 2024.

Embora tenha presença no jogo online, mais de 85% dos lucros da Cirsa advêm dos casinos e máquinas de jogo. Em 2024, só a divisão de máquinas em Espanha gerou 190 milhões de euros de EBITDA, enquanto os casinos representaram 58% do total dos lucros.

A Cirsa tem operações em vários países, incluindo Espanha, Itália, Panamá, Colômbia e México. Para além disso, a Blackstone, que detém a Cirsa, . A operação seguiu-se à aquisição pela “private equity” norte-americana de 68% da l, que era da Amorim Turismo. Sobre a compra, a Cirsa explicava que “esta aquisição é consistente” com a sua “estratégia de fusões e aquisições focada no espaço online e posiciona a Cirsa como um ‘player’ significativo no relevante mercado português de jogos online e apostas desportivas, que está entre os mercados de crescimento mais rápido na Europa”.

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