Dow Jones cai pela oitava sessão mas recupera de mínimos
As bolsas norte-americanas fecharam em terreno misto, a aliviar das quedas acentuadas registadas a meio da sessão.
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O Dow Jones cedeu 0,22% para 20.550,98 pontos, na oitava sessão consecutiva de quedas do índice que arrancou 2017 de forma fulgurante, tendo fixado vários máximos históricos consecutivos.
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As oito sessões seguidas de quedas correspondem ao ciclo de desvalorizações mais longo desde 2011, embora o índice norte-americano tenha conseguido recuperar no final da sessão. O mesmo aconteceu com o Nasdaq, que conseguiu mesmo fechar em alta (+0,2%), bem como como S&P500, que fechou a descer 0,09% depois de ter chegado a cair cerca de 1%.
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Este sentimento negativo que domina agora os mercados accionistas deve-se às dúvidas de que o Presidente dos Estados Unidos consiga cumprir o que prometeu, nomeadamente a sua reforma fiscal "fenomenal".
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Os investidores temem que Trump não consiga ver aprovadas as medidas que prometeu implementar para impulsionar a economia, depois de não ter conseguido luz verde para o seu plano de substituição do Obamacare.
"Os obstáculos à reforma fiscal são, no mínimo, tão grandes quanto os que bloquearam a reforma do programa de cuidados de saúde", refere Tan Kai Xian, analista do GaveKal Research, citado pela Bloomberg. "É agora perfeitamente claro que as reformas fiscal e regulatória vão levar muito mais tempo a ser concretizadas do que muitos investidores esperavam".
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De acordo com a Bloomberg, a liderar a recuperação do final da sessão em Wall Street estiveram as operadoras de hospitais, bem como as quedas menos acentuadas das instituições financeiras. O Goldman Sachs desceu 1,28% e o JPMorgan caiu apenas 0,06%, numa sessão em que o índice para o sector financeiro em Wall Street chegou a cair mais de 2%.
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Analistas citados pela Bloomberg referem que a recuperação das acções na recta final da sessão deverá estar relacionada com a expectativa que depois da derrota na reforma do Obamacare, Trump vire atenções para o tão aguardado plano económico que prevê a descida dos impostos às empresas.
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