Acções do ESFG caem mais de 7% para mínimos históricos
O Espírito Santo Financial Group (ESFG) está, esta segunda-feira, a negociar em forte queda, tendo já recuado 7,01% para 2,415 euros, o valor mais baixo de sempre. Por esta altura, a "holding" que detém 25% do BES segue em queda, desvalorizando 5,28% para 2,46 euros. Nesta primeira sessão da semana, já trocaram de mãos mais de 92 mil títulos do ESFG, quando a média dos últimos seis meses é de pouco mais de 112 mil acções.
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Em Maio, em entrevista ao Negócios, Ricardo Salgado, adiantou que estava a ser analisada "a eventualidade" de se avançar com uma oferta pública de aquisição sobre o ESFG ou mesmo o pedido para a sua retirada de bolsa.
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Já o títulos dos BES seguem igualmente em queda estando, no entanto, a registar uma evolução menos negativa que o ESFG. Assim, os títulos do banco descem 2,16% para 86 cêntimos, numa sessão em que já trocaram de mãos mais de 15 milhões de acções. A média dos últimos seis meses é de mais de 22 milhões.
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Esta evolução dos títulos quer do ESFG quer do BES tem lugar depois de, no final da semana passada, terem surgido notícias que apontavam que a administração do BES, liderada por Ricardo Salgado, ia renunciar ao mandato. Entretanto, essas notícias foram já confirmadas.
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Na passada sexta-feira, em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), ESFG solicitou a convocação de uma assembleia geral para 31 de Julho no Banco Espírito Santo, com o objectivo de eleger uma nova administração do banco. Para CEO (presidente da Comissão Executiva) a "holding" da família Espírito Santo propôs Amílcar Morais Pires, e para "chairman" (presidente do Conselho de Administração) avançou com Paulo Mota Pinto, actual deputado do PSD.
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A família Espírito Santo avançou com a proposta de Morais Pires sem ter quaisquer garantias de que o nome passará no crivo dos supervisores e dos restantes accionistas, noticia hoje o Negócios. Para já, a intenção de nomear o administrador financeiro e duas directoras do banco para a comissão executiva, além de um deputado para presidente não executivo, apenas vincula o Espírito Santo Financial Group.
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Também na sexta-feira, foi noticiado pelo jornal digital Observador que Ricardo Salgado terá tentado junto do ministério das Finanças e do próprio primeiro-ministro que a Caixa Geral de Depósitos ajudasse o Grupo Espírito Santo ao liderar um sindicato bancário português que investisse no Espírito Santo Internacional e na Rio Forte. O Governo recusou.
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Perante esta recusa, e de acordo com o que escreveu este sábado o semanário Expresso, Ricardo Salgado terá ido a Luanda, capital de Angola, para captar investimento para o Grupo Espírito Santo. Uma tentativa que não foi bem-sucedida. Assim, e dado estes eventos, Salgado aceitou afastar-se da administração do BES.
O Negócios noticia hoje que As necessidades de financiamento do Grupo Espírito Santo (GES), que levaram Ricardo Salgado a pedir o apoio da Caixa Geral de Depósitos, do Banco Comercial Português e até das autoridades angolanas, resultam da dificuldade em renovar as linhas de crédito da Espírito Santo International (ESI) que está em situação de falência técnica.
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No final do ano passado, a "holding" de controlo do GES tinha uma dívida superior a mais de 7.300 milhões de euros, um valor que, segundo foi anunciado ao mercado no final de Maio, correspondia à exposição directa e indirecta que a ESI tinha ao braço financeiro do grupo, concentrado no Espírito Santo Financial Group ESFG.
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