Mota-Engil desce 4% após quebra dos lucros

As acções da Mota-Engil estão em queda na bolsa de Lisboa, depois de a construtora ter divulgado uma forte quebra dos lucros no ano passado.

Os títulos recuam 3,60% para 3,215 euros, depois de terem chegado a afundar um máximo de 4,8% para 3,175 euros, um valor próximo dos mínimos de Outubro alcançados esta terça-feira (3,145 euros).

Em pouco mais de duas horas de negociação já trocaram de mãos quase 370 mil acções da empresa liderada por Gonçalo Moura Martins, quando a média diária dos últimos seis meses não vai além das 583 mil.

Antes da abertura do mercado, a Mota-Engil reportou lucros de dois milhões de euros em 2017, uma queda de 97% face ao ano precedente – quando registou um resultado líquido de 50 milhões de euros.

 

Apesar da forte descida dos lucros, o resultado ficou acima das estimativas dos analistas do CaixaBI, que apontavam para um prejuízo de 6,8 milhões de euros.

 

Numa nota de análise, referindo-se apenas aos resultados do segundo semestre do ano, o BPI afirma que o EBITDA ficou 16% acima do esperado, sobretudo devido ao segmento da construção na Europa e na América Latina, enquanto a dívida ficou 6% abaixo do esperado.

 

O BPI adianta que terá de incorporar na sua análise os resultados operacionais melhores do que o esperado assim como a melhor performance do ‘working capital’.

 

"Continuamos a acreditar que 2018 deverá consolidar o ponto de viragem da geração de ‘cash flow’ da Mota-Engil, ainda muito dependente da recuperação da actividade de energia e manutenção e do controlo continuado do ‘working capital’", sustentam os analistas.

 

O BPI atribui a recomendação "neutral" à Mota-Engil e um preço-alvo de 3,00 euros, o que traduz um potencial de queda de quase 7%.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.