PSI-20 pára mão cheia de ganhos com BCP e Galp a caírem mais de 5%
A bolsa nacional fechou em queda, com o principal índice, o PSI-20, a interromper um ciclo de cinco sessões consecutivas de ganhos e a apresentar uma quebra de 2,20% para os 4.137,91 pontos. Esta foi a maior quebra do índice nacional desde o último dia 18 de março. A contribuir estiveram catorze cotadas no vermelho, contra três no verde e uma que seguiu inalterada.
O PSI-20 percorre precisamente o mesmo trajeto do que o índice de referência europeu, o Stoxx600, que também perdeu pela primeira vez em seis dias, depois de ter chegado a ganhar mais de 20% desde o mínimo atingido em março, durante a sessão de ontem.
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A pesar no sentimento estão os resultados que continuam a ser apresentados e mostram quebras significativas. Esta quarta-feira, foi a vez de o Goldman Sachs, o Citigroup e o Bank of America divulgarem os resultados relativos ao primeiro trimestre deste ano, e todos conheceram quedas homólogas de quase 50% nos lucros. Na sessão anterior, JPMorgan e Wells Fargo inauguraram a época de resultados com declínios semelhantes.Os gigantes da banca norte-americana demonstram-se pressionados pelo surto de coronavírus, que por esta altura ultrapassou a barreira dos 2 milhões de casos infetados em todo o mundo e que tem ditado a constante renovação dos períodos de isolamento social um pouco por toda a Europa. Por cá, o banco BCP pesa no desempenho do índice com uma quebra de 7,06% para os 9,88 cêntimos. Foi o primeiro deslizar do banco depois de cinco sessões a somar, e chegou a afundar 10,07% para os 9,56 cêntimos durante a sessão. A instituição perde no mesmo dia em que os pares europeus representados no Stoxx600 deslizam mais de 6%, sendo o grupo que mais desce na Europa a seguir ao setor do petróleo e gás. Do outro lado do oceano, o Citigroup resvala quase 4% tal como o Bank of America, sendo o Goldman Sachs o único que apresentou resultados negativos e que se sustenta em terreno positivo.
Por cá, o banco BCP pesa no desempenho do índice com uma quebra de 7,06% para os 9,88 cêntimos. Foi o primeiro deslizar do banco depois de cinco sessões a somar, e chegou a afundar 10,07% para os 9,56 cêntimos durante a sessão.
A instituição perde no mesmo dia em que os pares europeus representados no Stoxx600 deslizam mais de 6%, sendo o grupo que mais desce na Europa a seguir ao setor do petróleo e gás. Do outro lado do oceano, o Citigroup resvala quase 4% tal como o Bank of America, sendo o Goldman Sachs o único que apresentou resultados negativos e que se sustenta em terreno positivo.
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Também a penalizar fortemente o PSI-20 esteve a Galp, cujos títulos recuaram 5,06% para os 9,646 euros. A petrolífera sofre num dia em que a matéria-prima está a registar fortes quedas nos mercados internacionais. As reservas de crude dos Estados Unidos viram o maior aumento de sempre e a Agência Internacional de Energia (AIE) alertou para uma destruição épica da procura.
Em Londres, o Brent afunda 7,23% para 27,46 dólares, enquanto em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) desvaloriza 3,23% para 19,46 dólares, o valor mais baixo em mais de 18 anos.
O PSI-20 substitui assim uma mão cheia de sessões de ganhos por uma mão cheia de cotadas a perder mais de 5%.
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Entre as únicas três cotadas que valorizam está a Jerónimo Martins, que liderou os ganhos com um avanço de 0,96% para os 15,78 euros. O CEO da cotada, Pedro Soares dos Santos, anunciou pouco antes do fecho que a empresa ainda está a avaliar a distribuição, ou não, de dividendos aos acionistas, face ao surto de coronavírus.
A Nos também volta a posicionar-se no verde depois de ontem ter terminado a sessão com uma forte subida, no dia em que anunciou a venda do negócio de torres de telecomunicações à espanhola Cellnex. A empresa somou 0,52% para os 3,45 euros.
(Notícia atualizada às 16:54)
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