Wall Street arranca semana em euforia a disparar mais de 7%

As bolsas norte-americanas encerraram a sessão em forte alta, com os investidores animados pelo abrandamento do número de novos casos de infeção de covid-19.
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Reuters
Carla Pedro 06 de Abril de 2020 às 21:09

O Dow Jones encerrou a sessão desta segunda-feira a escalar 7,73% para 22.679,99 pontos. Esta subida correspondeu a um ganho de 1.627,46 pontos – sendo de sublinhar que estas fortes oscilações (para cima e para baixo) têm dominado o mercado bolsista norte-americano ao longo do último mês.

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Por seu lado, o Standard & Poor’s 500 valorizou 7,03% para 2.663,68 pontos, o valor mais alto desde 13 de março, e já subiu 21,5% desde o seu último mínimo, marcado a 23 de março, saindo assim - tal como já tinha acontecido com o Dow Jones - de "bear market". O Dow foi o mais rápido a reentrar em "bull market", depois de ter estado no território dos ursos durante apenas 11 dias (naquele que foi o mercado urso mais curto de sempre). 

Há, contudo, analistas que dizem que o movimento de queda ainda não parou e que os mínimos podem voltar a ser testados, pelo que se poderá estar perante uma segunda fase técnica do "bear market".

Já o tecnológico Nasdaq Composite avançou 7,33% para se fixar nos 7.913,24 pontos - muito perto, assim, de regressar ao patamar dos 8.000 pontos.

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Os principais índices do outro lado do Atlântico regressaram assim aos ganhos, depois do saldo negativo da semana passada.

 

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A entusiasmar os investidores estiveram os dados que revelam uma desaceleração dos casos de novas infeções com o novo coronavírus no país – isto apesar de o número de mortos ter ultrapassado os 10.000.

 

Apesar deste sentimento positivo hoje vivido em Wall Street, o impacto económico da pandemia deverá penalizar fortemente as contas das empresas norte-americanas.

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Segundo as estimativas da FactSet Research, os lucros das cotadas do S&P 500 deverão cair 7,3%, agregadamente, no primeiro trimestre – face aos valores de um ano antes.

 

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A estimativa para o segundo trimestre é ainda pior, com os analistas a projetarem uma queda média de 15,1% dos lucros – o que, a suceder, rivalizará com o pior desempenho destas empresas desde a descida de 15,7% registada no terceiro trimestre de 2009 (o fim da Grande Recessão).

(notícia atualizada pela última vez às 21:29)

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