Wall Street fecha no vermelho pressionado por "sell-off" nas "big tech"

Wall Street fechou com os principais índices a serem pressionados por um "sell-off" das grandes tecnológicas, enquanto os investidores apostam num ritmo mais lento de corte de juros por parte da Fed.
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Reuters
João Duarte Fernandes 23 de Outubro de 2024 às 21:26

Wall Street encerrou a sessão desta quarta-feira no vermelho. Durante o dia de hoje, assistiu-se a um forte "sell-off" entre as maiores empresas tecnológicas do mundo, enquanto os investidores continuaram a apostar num ritmo mais lento de flexibilização monetária por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana. 

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O S&P 500 recuou 0,92% para os 5.797,42 pontos, enquanto o Nasdaq Composite cedeu 1,60% para 18.276,65 pontos. Já o Dow Jones perdeu 0,96% para 42.514,95 pontos. 

Da época de resultados das tecnológicas - que arranca esta quarta-feira com a Tesla - ao relatório de emprego de outubro, às eleições presidenciais nos EUA, seguidas da reunião da Fed, os "traders" têm pela frente três semanas que prometem trazer volatilidade aos principais índices e sentimento dos investidores.   

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As perdas registadas, agora, pelo terceiro dia consecutivo, tratam-se da "exaustão de preços, de exaustão eleitoral, de exaustão de campanha, de exaustão da Fed, de exaustão política [e] de exaustão geopolítica", realçou à Bloomberg Kenny Polcari, da SlateStone Wealth.  

 

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Quanto às apostas dos investidores numa flexibilização monetária mais lenta por parte da Fed, o Presidente da Fed de Richmond, Thomas Barkin, afirmou que a luta do banco central para fazer regressar a inflação ao objetivo de 2% poderá demorar mais tempo do que o previsto.  

No relatório conhecido como Livro Bege, o banco central dos EUA, liderado por Jerome Powell, refere que a atividade económica dos EUA se manteve pouco alterada de setembro até o início de outubro, enquanto as empresas viram um aumento nas contratações. 

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Os investidores estão a reduzir as apostas numa política agressiva de flexibilização monetária, já que a economia dos EUA continua a dar sinais de robustez. Os responsáveis da Reserva Federal (Fed) norte-americana têm avançado com um tom cauteloso quanto ao ritmo das futuras descidas das taxas.  

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Entre os movimentos de mercado, a Apple afundou 2,16% - num dia que, por si só, pesou nas "big tech" - depois de um especialista ter dito que as encomendas do iPhone 16 foram cortadas em cerca de 10 milhões de unidades desde o quarto trimestre até ao primeiro semestre de 2025. 

Entre as restantes "big tech", a Meta afundou 3,15%, a Nvidia cedeu 2,81%, a Amazon caiu 2,63%, a Alphabet perdeu 1,40% e a Microsoft desvalorizou 0,68%.

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