Wall Street no vermelho já de olhos postos na Fed. 40 empresas inundam mercado de dívida
Wall Street fechou a sessão em terreno negativo, numa altura em que os investidores se preparam para a reunião da Reserva Federal (Fed) norte-americana marcada para este mês.
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Os investidores antecipam que o ciclo de subida de taxas de juro possa ser travado neste encontro, mas acreditam que os juros diretores se vão manter em terreno restritivo durante algum tempo.
O industrial Dow Jones caiu 0,56% para 34.641,97 pontos, enquanto o Standard & Poor's 500 (S&P 500) desvalorizou 0,42% para 4.496,83 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite recuou ligeiramente (-0,08%) para 14.020,95 pontos.
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As ações energéticas destacaram-se do lado dos ganhos, depois de a Rússia e a Arábia Saudita terem anunciado mais cortes na oferta de crude até dezembro.
Numa altura em que o mercado tenta prever a decisão da Fed, o mercado esteve atento às palavras proferidas por dois membros do banco central durante esta terça-feira.
Cristopher Waller, membro do conselho de governadores da Fed, afirmou em entrevista à CNBC que os decisores de política monetária do banco central podem apenas "sentar-se e esperar pelos dados", dando sinais de que apoia uma pausa no ciclo de subida do aumento da taxa dos fundos federais após o encontro em setembro.
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Já Loretta Mester, líder da Fed de Cleveland afirmou, em sentido contrário, que o banco central precisa de aumentar "um pouco mais" as taxas de juro, não deixando claro o que deve fazer a Reserva Federal durante a reunião marcada para os próximos dias 19 e 20 de setembro.
No mercado de "swaps", os investidores apontam para uma esmagadora probabilidade de 95% de os juros diretores se manterem inalterados após a reunião de política monetária deste mês.
Por outro lado, o Goldman Sachs reviu em baixa - de 20% para 15% - a probabilidade de recessão nos EUA. Para o banco de investimento, o arrefecimento da inflação e a robustez do mercado de trabalho dão sustentação para esperar uma pausa de subida dos juros diretores nos EUA.
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No mercado da dívida, as rendibilidades das obrigações norte-americanas em todas as maturidades agravaram-se, num dia em que pelo menos 40 empresas em todo o mundo com "rating" elevado decidiram colocar dívida no mercado em todo o mundo.
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