Wall Street sem rumo com Casa Branca a abanar

As principais praças dos Estados Unidos começaram a semana sem tendência definida num momento marcado pela instabilidade na Casa Branca, em especial depois da demissão do estratega de Donald Trump.
bolsas EUA Wall Street
Reuters
David Santiago 21 de Agosto de 2017 às 14:33

O índice Dow Jones abriu a sessão desta segunda-feira, 21 de Agosto, a ceder 0,05% para 21.664,16 pontos, seguido pelo Nasdaq Composite inalterado nos 6.216,684 pontos, e pelo Standard & Poor’s 500 a recuar ligeiros 0,02% para 2.424,99 pontos.

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Esta sessão segue-se a duas semanas marcadas pela instabilidade vivida no seio da administração norte-americana e pela tensão entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, dois factores que impactaram negativamente nas negociações bolsistas em Wall Street e que levaram os investidores a procurarem investir em activos considerados mais seguros, como o ouro.

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As quedas registadas na última sexta-feira aconteceram no seguimento do ataque terrorista em Barcelona e também no dia em que foi anunciada a demissão de Steve Bannon, o estratega-chefe de Donald Trump, considerado mesmo o teórico do presidente americano.

 

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A demissão de Bannon somou-se a um conjunto de demissões decididas por Donald Trump e também a demissões de conselheiros do presidente americano que decidiram afastar-se em oposição à posição de Trump relativamente aos acontecimentos de Charlottesville, onde decorreram manifestações e confrontos entre facções nazis e liberais.

 

Ora, os últimos dias parecem ter confirmado serem justificadas as dúvidas dos investidores acerca da capacidade da administração Trump implementar o prometido plano económico assente em grandes cortes de impostos e investimentos públicos.

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Apesar de alguma distensão na relação entre Pyongyang e Washington, esta segunda-feira assinala o início de um conjunto de testes militares conjuntos entre as forças da Coreia do Sul e dos EUA, um dado que poderá reanimar o clima de tensão na península coreana.

 

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Por outro lado, os investidores estão na expectativa pela declaração que será feita no final da semana por Janet Yellen. Espera-se que a presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos possa adiantar novidades sobre a intenção do banco central no que diz respeito à política monetária, designadamente sobre a taxa de juro de referência do país. 

Entre as cotadas que estão a marcar este início de sessão está a Nike que perde 2,75% para 53,44 dólares depois de a casa de investimento Jefferies ter cortado a recomendação sobre os títulos da marca desportiva de "comprar" para "manter". A Nike é uma das marcas mais afectadas pela quebra na venda de sapatilhas de basquetebol.

Já o destaque pela positiva vai para a Fiat Chrysler que soma 4,39% para 11,17 dólares, o que acontece depois de a chinesa Great Wall Motor ter mostrado interesse em comprar a fabricante de automóveis ítalo-americana. 

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(Notícia actualizada às 14:39)

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