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Aumento de capital do BES continua a ser analisado pela CMVM

O regulador do mercado está a analisar o prospecto sobre o aumento de capital, que o BES apresentou na semana passada. Terá sido pedida nova informação, mas a CMVM quer aprovar o documento "o mais rapidamente possível".

20 de Maio de 2014 às 17:12

Uma semana depois de ter dado entrada no regulador do mercado de capitais, ainda não foi dada luz verde ao aumento de capital do Banco Espírito Santo (BES). O prospecto da operação, avaliada num montante até 1.045 milhões de euros, ainda se "encontra a ser analisado pela CMVM". A instituição financeira liderada por Ricardo Salgado quer que o aumento de capital se concretize em meados de Junho.

"A CMVM está a desenvolver todos os esforços para que seja [aprovado] o mais rapidamente possível", comentou, em respostas ao Negócios, fonte oficial da entidade presidida por Carlos Tavares.

O regulador não pode adiantar que questões estão a levar a que a análise do prospecto inicial se esteja a prolongar, tendo em conta que corresponde a informação sigilosa. O jornal "Expresso" escreveu, na edição de sábado, que a CMVM terá exigido, após a entrega do documento inicial, mais informações ao banco.

O semanário adiantou que essas explicações a incluir no prospecto, de

 
BES perde 16%

O aumento de capital do BES está a ter forte impacto na bolsa. A 14 de Maio, o tema foi manchete no "Diário Económico". Nas três sessões que se seguiram, as quedas do banco foram significativas. Apesar dos ganhos desta semana, as acções acumulam uma queda de 16% nas últimas cinco sessões.

forma a conter informações que a CMVM considera importantes serem comunicadas ao mercado, seriam relativas a possíveis futuras alterações no conselho de administração da instituição, às garantias dadas pelo Estado de Angola ao BESA e ainda às provisões de 700 milhões de euros que o Espírito Santo Financial Group, com uma participação de 27,5% no BES, teve de fazer para cobrir o risco da área não financeira do grupo. 

Neste momento, o regulador está ainda a analisar o prospecto da operação, em que cada uma das 1.607 milhões de novas acções será vendida a 0,65 euros, e relembra que "o prazo legal da CMVM ainda não se esgotou". Começam a contar oito dias a partir do momento em que se considera que há informação completa sobre a operação.

O prazo esperado pela administração para concretizar o aumento de capital é Junho, de acordo com o "Expresso". Isto porque um dos objectivos é, precisamente, que o banco crie "reservas adicionais de capital para fazer face aos testes de stress e à revisão de qualidade dos activos" que o Banco Central Europeu irá realizar este Verão.

 
Aumento de capital com sucesso garantido 

O aumento de capital no BES é público desde que, na quarta-feira passada, o "Diário Económico" avançou a operação que irá fazer com que o capital social do BES passe a ser representado por mais 1.607 milhões de novas acções a acrescentar às actuais 4.102 milhões.

A confirmação da operação veio ao final desse dia 14 de Maio, com a indicação de que, efectivamente, o prospecto inicial tinha dado entrada no regulador no início da semana passada.

Ao mercado, o banco comunicou a operação na quinta-feira. O clã Espírito Santo irá participar do aumento de capital numa dimensão dependente daquilo que conseguir encaixar com a venda de direitos e acções ao longo do período de oferta (para a qual ainda não há datas). Neste momento, o ESFG deixou de ter a parceria com o Crédit Agricole através da Bespar e detém, directamente, 27,5% do BES. Já o banco francês irá investir não mais que 10 milhões de euros o que irá levar a uma redução da sua participação directa actual, de 20,12%.

O sucesso do aumento de capital está garantido. Há um conjunto de bancos que vai assegurar a compra de todas as acções disponíveis para oferta.

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